Segundo a revista Exame, os mais ricos de Portugal aumentaram as suas fortunas. A notícia em si não é necessariamente negativa, exceptuando o facto da diferença entre ricos e pobres ser cada vez mais acentuada.
Com efeito, é positivo que o país tenha empresários ricos, embora essa riqueza nem sempre se materialize em investimento, contrariando a tese neoliberal que quanto mais ricos, mais investimento, o que justificou a baixa de impostos precisamente nos mais abastados, sem que isso se tenha vindo a traduzir em mais investimento e em mais emprego.
Por outro lado, o facto de existirem pessoas ricas que se tornaram mais ricas não é sintomático de mais investimento até porque o tecido empresarial português, salvo honrosas excepções, é pouco avesso ao risco, optando por negócios seguros com o Estado, as PPP´s são um exemplo disso mesmo.
Todavia, o mais grave prende-se precisamente com a clivagem entre quem tem muito e quem quase nada ou mesmo nada tem. O problema, de facto, não se prende com a existência de portugueses muito ricos, a obscenidade começa quando existem milhões de portugueses a passar sérias dificuldades e outros tantos que só subsistem com a ajuda do Estado.
Com efeito, é positivo que o país tenha empresários ricos, embora essa riqueza nem sempre se materialize em investimento, contrariando a tese neoliberal que quanto mais ricos, mais investimento, o que justificou a baixa de impostos precisamente nos mais abastados, sem que isso se tenha vindo a traduzir em mais investimento e em mais emprego.
Por outro lado, o facto de existirem pessoas ricas que se tornaram mais ricas não é sintomático de mais investimento até porque o tecido empresarial português, salvo honrosas excepções, é pouco avesso ao risco, optando por negócios seguros com o Estado, as PPP´s são um exemplo disso mesmo.
Todavia, o mais grave prende-se precisamente com a clivagem entre quem tem muito e quem quase nada ou mesmo nada tem. O problema, de facto, não se prende com a existência de portugueses muito ricos, a obscenidade começa quando existem milhões de portugueses a passar sérias dificuldades e outros tantos que só subsistem com a ajuda do Estado.
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