O capitalismo financeiro continua a fazer os seus estragos. Nem os EUA parecem passar incólumes a um sistema que parece caminhar no sentido da auto-destruição. A S&P ameaça baixar o rating da maior economia do mundo.
As agências de rating são a face mais visível de um sistema que se alimenta de excessos e de especulação, um sistema que deixou de centrar na produção de bens para se dedicar à especulação, degenerando naquilo que é comummente conhecido por economia de casino. A procura desenfreada de lucro é inerente ao capitalismo, é um facto. A diferença do capitalismo do pós-guerra é que este era refreado, era domado. A partir do momento em que a classe política se subjugou aos ditames dos mercados, esse controlo tão necessário desvaneceu-se, culminando nos resultados conhecidos. Hoje muitos intervenientes políticos que deixaram as suas economias reféns dos ditos mercados, não tem capacidade de lhes fazer frente, agindo como meros instrumentos de um sistema distorcido. Este facto não pode ser dissociado da queda do muro de Berlim, deixou de haver ameaça, cessou a necessidade de dar reforçar a esperança dos cidadãos. Ainda no campo da ilusão, o crédito fez maravilhas, contribuindo para escamotear o desprezo que se sente pelo trabalho, escondendo o facto dos salários serem cada vez mais baixos. O sector financeiro, por sua vez, só retirou benefícios da ilusão do crédito. Até quando? Vamos ver.
Nesta conjuntura, os direitos sociais mais não são do que um empecilho a um sistema cada vez mais selvagem, onde o lucro, dos dividendos, o dinheiro atingiu o estatuto de divindade. O capital está preso a um sistema financeiro que cada vez mais bloqueia as próprias democracias, deixando a dúvida se os dois sistemas - o político e o económico - são consonantes.
Entalados entre o consumismo desenfreado e o peso da pretensa inevitabilidade, encurralados pela ilusão do crédito, afogados em informação de sentido único, os cidadãos não mostram capacidade para fazer face a um problema que se tornou incontrolável. A solução passa pela sua intervenção, numa perspectiva mais participativa, numa resposta também ela necessariamente global.
Somos capazes de apagar o brilho do sol e das estrelas porque não nos trazem dividendos - John Maynard Keynes.
As agências de rating são a face mais visível de um sistema que se alimenta de excessos e de especulação, um sistema que deixou de centrar na produção de bens para se dedicar à especulação, degenerando naquilo que é comummente conhecido por economia de casino. A procura desenfreada de lucro é inerente ao capitalismo, é um facto. A diferença do capitalismo do pós-guerra é que este era refreado, era domado. A partir do momento em que a classe política se subjugou aos ditames dos mercados, esse controlo tão necessário desvaneceu-se, culminando nos resultados conhecidos. Hoje muitos intervenientes políticos que deixaram as suas economias reféns dos ditos mercados, não tem capacidade de lhes fazer frente, agindo como meros instrumentos de um sistema distorcido. Este facto não pode ser dissociado da queda do muro de Berlim, deixou de haver ameaça, cessou a necessidade de dar reforçar a esperança dos cidadãos. Ainda no campo da ilusão, o crédito fez maravilhas, contribuindo para escamotear o desprezo que se sente pelo trabalho, escondendo o facto dos salários serem cada vez mais baixos. O sector financeiro, por sua vez, só retirou benefícios da ilusão do crédito. Até quando? Vamos ver.
Nesta conjuntura, os direitos sociais mais não são do que um empecilho a um sistema cada vez mais selvagem, onde o lucro, dos dividendos, o dinheiro atingiu o estatuto de divindade. O capital está preso a um sistema financeiro que cada vez mais bloqueia as próprias democracias, deixando a dúvida se os dois sistemas - o político e o económico - são consonantes.
Entalados entre o consumismo desenfreado e o peso da pretensa inevitabilidade, encurralados pela ilusão do crédito, afogados em informação de sentido único, os cidadãos não mostram capacidade para fazer face a um problema que se tornou incontrolável. A solução passa pela sua intervenção, numa perspectiva mais participativa, numa resposta também ela necessariamente global.
Somos capazes de apagar o brilho do sol e das estrelas porque não nos trazem dividendos - John Maynard Keynes.
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