Curiosamente ontem foi colocado neste mesmo blogue um artigo onde se teciam fortes críticas às agências de rating. A razão era a Grécia e o bloqueio velado ao rollover da dívida grega. Ainda ontem a vítima voltou a ser Portugal.
"Lixo" é a palavra utilizada. Segundo a Moody's Portugal segue os mesmos passos da Grécia e, por conseguinte, o desfecho será similar. A consequência é uma descida do rating para lixo, com impacto imediato na banca nacional.
Paradoxalmente, assistimos a exaltação de alguns dos mais fortes arautos do sistema. Mira Amaral afirma que nunca foi contra as agências de rating, mas que se está a assistir "a terrorismo financeiro sobre o nosso país". Talvez seja o facto da baixa do rating de Portugal em quatro níveis e as imediatas consequências no sector financeiro português que tenham levado um arauto do sistema a tecer tão duras críticas. Afinal de contas, o senhor em questão é Presidente do Banco BIC.
Já ontem Angela Merkel afirmou que as decisões da Europa não podem estar dependentes das agências de rating. O ridículo é que se trata da mesma pessoa que mostra diariamente subscrever este sistema e alimentá-lo à custa dos países periféricos. Não nos esqueçamos que Merkel virou as costas à Grécia num momento inicial, e que essa atitude foi determinante para a situação que hoje tão bem conhecemos. E trata-se da mesma pessoa que rejeita a criação de e-bonds e de outros mecanismos que poderiam ajudar a Zona Euro a resolver os seus problemas. Ora. se confia tanto na eficiência dos sacrossantos mercados, melhor figura faria se admitisse que está errada ou, em última instância, seria preferível que se socorresse do silêncio. Assim, talvez evitasse cair no ridículo.
"Lixo" é a palavra utilizada. Segundo a Moody's Portugal segue os mesmos passos da Grécia e, por conseguinte, o desfecho será similar. A consequência é uma descida do rating para lixo, com impacto imediato na banca nacional.
Paradoxalmente, assistimos a exaltação de alguns dos mais fortes arautos do sistema. Mira Amaral afirma que nunca foi contra as agências de rating, mas que se está a assistir "a terrorismo financeiro sobre o nosso país". Talvez seja o facto da baixa do rating de Portugal em quatro níveis e as imediatas consequências no sector financeiro português que tenham levado um arauto do sistema a tecer tão duras críticas. Afinal de contas, o senhor em questão é Presidente do Banco BIC.
Já ontem Angela Merkel afirmou que as decisões da Europa não podem estar dependentes das agências de rating. O ridículo é que se trata da mesma pessoa que mostra diariamente subscrever este sistema e alimentá-lo à custa dos países periféricos. Não nos esqueçamos que Merkel virou as costas à Grécia num momento inicial, e que essa atitude foi determinante para a situação que hoje tão bem conhecemos. E trata-se da mesma pessoa que rejeita a criação de e-bonds e de outros mecanismos que poderiam ajudar a Zona Euro a resolver os seus problemas. Ora. se confia tanto na eficiência dos sacrossantos mercados, melhor figura faria se admitisse que está errada ou, em última instância, seria preferível que se socorresse do silêncio. Assim, talvez evitasse cair no ridículo.
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