Em bom rigor, as soluções a que se refere o título nem estão esgotadas, na verdade nem sequer são soluções. Fazemos referência às supostas soluções europeias para a crise da dívida soberana. Dir-se-á que a Grécia não é exemplo porque não cumpriu integralmente o que lhe foi exigido, mas já alguém pensou se o que foi exigido é passível de ser cumprido? A Grécia vive agora uma crise económica, política e social. Parafraseando Tony Judt, "somos todos filhos dos Gregos", como a memória é curta, acrescento eu.
Por cá, a dupla Passos Coelho e Paulo Portas discutem uma outra questão: Fernando Nobre, um político que fingia não ser, uma pedra no sapato de Passos Coelho. Quanto às soluções são as que já se previam, as que constam do memorando de entendimento e talvez, segundo Passos Coelho, se consiga ir mais longe, em que aspecto? Vamos ver.
Com efeito, a mensagem é a mesma: temos de cumprir um programa que acabará por redundar em recessão, adiando o tão necessário crescimento económico. De facto, não será possível sair da crise sem crescimento económico que por sua vez é inviabilizado por um programa de austeridade que contém medidas extraordinárias cujo efeito prático é quase nulo como a redução de pensões acima de um determinado valor, ou outras como a subida do IVA em determinados produtos, cerceando ainda mais o consumo, ao invés de se procurar aumentar esse mesmo IVA de bens importados.
Mas nem tudo é mau, pelo menos no domínio do mercado de arrendamento prevê-se algum dinamismo que poderá mudar um país repleto de proprietários endividados. Não deixa de ser exasperante que só agora se possa dar passos nesse sentido.
Todavia, e de um modo geral, as previsões para os próximos três anos são sombrias. E porventura ainda mais grave é a postura de alguns países da UE e as próprias instituições europeias que num novo exercício de sadismo adiam soluções para o grave problema grego. Não nos esqueçamos que o nosso futuro é, em larga medida, indissociável do futuro grego. Tudo indica que as soluções, a aparecerem, serão uma vez mais esgotadas.
Por cá, a dupla Passos Coelho e Paulo Portas discutem uma outra questão: Fernando Nobre, um político que fingia não ser, uma pedra no sapato de Passos Coelho. Quanto às soluções são as que já se previam, as que constam do memorando de entendimento e talvez, segundo Passos Coelho, se consiga ir mais longe, em que aspecto? Vamos ver.
Com efeito, a mensagem é a mesma: temos de cumprir um programa que acabará por redundar em recessão, adiando o tão necessário crescimento económico. De facto, não será possível sair da crise sem crescimento económico que por sua vez é inviabilizado por um programa de austeridade que contém medidas extraordinárias cujo efeito prático é quase nulo como a redução de pensões acima de um determinado valor, ou outras como a subida do IVA em determinados produtos, cerceando ainda mais o consumo, ao invés de se procurar aumentar esse mesmo IVA de bens importados.
Mas nem tudo é mau, pelo menos no domínio do mercado de arrendamento prevê-se algum dinamismo que poderá mudar um país repleto de proprietários endividados. Não deixa de ser exasperante que só agora se possa dar passos nesse sentido.
Todavia, e de um modo geral, as previsões para os próximos três anos são sombrias. E porventura ainda mais grave é a postura de alguns países da UE e as próprias instituições europeias que num novo exercício de sadismo adiam soluções para o grave problema grego. Não nos esqueçamos que o nosso futuro é, em larga medida, indissociável do futuro grego. Tudo indica que as soluções, a aparecerem, serão uma vez mais esgotadas.
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