Hoje, no Parlamento grego, decide-se o futuro imediato do país. Se o novo pacote de austeridade passar, a Grécia recebe a última parcela do empréstimo do FMI e da UE. Caso o pacote chumbe, o país entrará em bancarrota, abalando toda a Zona Euro.
As manifestações nas ruas de Atenas mostram um país descontente e até desesperado. Recorde-se que o novo pacote de austeridade inclui mais aumentos da carga fiscal e novos cortes salariais.
Será porventura a sensação de angústia de um povo submetido a um plano que dificilmente produzirá resultados que lhe permita sair da difícil situação em que se encontra que leva tantos cidadãos daquele país a fazer greves e a mostrar o seu descontentamento nas ruas. É certo que os momentos mais violentos têm o cunho de grupos radicais, designadamente grupos anarquistas, mas é igualmente verdade que os cidadãos deste país, à semelhança de cidadãos de outros países, têm os seus limites.
A UE vergou-se a interesses pouco consonantes com os interesses dos cidadãos da Europa. Não se trata de uma novidade, afinal de contas estamos a falar da mesma Europa que aquando do chumbo irlandês do referendo para a aprovação do Tratado de Lisboa, tudo fez para que esse referendo se repetisse e para que fosse aprovado. Vale tudo nesta Europa: a ausência de solidariedade, a submissão à banca e a outros interesses não menos obscuros, o desrespeito pelos cidadãos.
Dir-se-á que a Grécia enganou a Europa. manipulando as suas contas públicas ou que a sua fiscalidade é absolutamente ineficiente. Dir-se-á que a culpa é da Grécia. É evidente que há um fundo de verdade nessas afirmações, mas não deixa também de ser verdade que a Grécia, à semelhança de outros países, foi vítima da voracidade dos mercados e do egoísmo da Europa.
O resultado, seja ele qual for hoje, será desastroso para toda a União Europeia. Mesmo que as medidas de austeridade sejam aprovadas no Parlamento grego, será muito difícil acalmar os cidadãos daquele país que percebem que essa aprovação mais não é do que o adiar do inadiável.
As manifestações nas ruas de Atenas mostram um país descontente e até desesperado. Recorde-se que o novo pacote de austeridade inclui mais aumentos da carga fiscal e novos cortes salariais.
Será porventura a sensação de angústia de um povo submetido a um plano que dificilmente produzirá resultados que lhe permita sair da difícil situação em que se encontra que leva tantos cidadãos daquele país a fazer greves e a mostrar o seu descontentamento nas ruas. É certo que os momentos mais violentos têm o cunho de grupos radicais, designadamente grupos anarquistas, mas é igualmente verdade que os cidadãos deste país, à semelhança de cidadãos de outros países, têm os seus limites.
A UE vergou-se a interesses pouco consonantes com os interesses dos cidadãos da Europa. Não se trata de uma novidade, afinal de contas estamos a falar da mesma Europa que aquando do chumbo irlandês do referendo para a aprovação do Tratado de Lisboa, tudo fez para que esse referendo se repetisse e para que fosse aprovado. Vale tudo nesta Europa: a ausência de solidariedade, a submissão à banca e a outros interesses não menos obscuros, o desrespeito pelos cidadãos.
Dir-se-á que a Grécia enganou a Europa. manipulando as suas contas públicas ou que a sua fiscalidade é absolutamente ineficiente. Dir-se-á que a culpa é da Grécia. É evidente que há um fundo de verdade nessas afirmações, mas não deixa também de ser verdade que a Grécia, à semelhança de outros países, foi vítima da voracidade dos mercados e do egoísmo da Europa.
O resultado, seja ele qual for hoje, será desastroso para toda a União Europeia. Mesmo que as medidas de austeridade sejam aprovadas no Parlamento grego, será muito difícil acalmar os cidadãos daquele país que percebem que essa aprovação mais não é do que o adiar do inadiável.
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