Não serei seguramente a única a ansiar pela chegada do dia 5 de Junho, não por alguma espécie de entusiasmo em torno das eleições que se avizinham, mas antes por ser esse o dia em que o ruído dos vários partidos cessa, embora o dia 4 de reflexão já nos permita deixar de ouvir o ruído.
Com efeito, em nenhum momento os partidos políticos demonstraram ter ideias. E quanto maior o partido menor a capacidade de discutir alguma coisa remotamente parecida com uma ideia.
Paralelamente, todos agem como se tivessem margem para governar. O programa da troika é, infelizmente, o verdadeiro programa político, mas todos se comportam como se assim não fosse. De igual forma, os problemas de uma Europa que parece caminhar para o seu último estertor não faz parte da campanha dos principais partidos. Tudo o resto é ruído e é com esse ruído que é feita a campanha eleitoral.
Até dia 4 de Junho, os cidadãos vão ouvir repetidamente que estas são as eleições mais importantes da democracia portuguesa e que é preciso responsabilidade, vão ouvir elogios à sua sensatez. Estas são formas de se dizer às pessoas que a importância destas eleições exigem responsabilidade e merecem bom senso; por outras palavras votem nos mesmos.
E é isso que se vai passar. As ilusões que contrastam com as desilusões redundam invariavelmente no mesmo - na escolha de partidos comprometidos e responsáveis pela situação irreconhecível do país; partidos sem soluções; partidos conspurcados por lideranças tíbias e interesseiras.
Contradiz-se enfatizando o facto de não haver escolhas. A realidade é que nenhum destes partidos que se propõe governar mudará enquanto continuar a contar com o apoio dos cidadãos, um apoio que sairá reforçado no dia 5. Depois vêm as lamurias, o descontentamento, os queixumes, como de resto tem sido hábito nas últimas três décadas. Ou seja, mais ruído sem consequências.
Com efeito, em nenhum momento os partidos políticos demonstraram ter ideias. E quanto maior o partido menor a capacidade de discutir alguma coisa remotamente parecida com uma ideia.
Paralelamente, todos agem como se tivessem margem para governar. O programa da troika é, infelizmente, o verdadeiro programa político, mas todos se comportam como se assim não fosse. De igual forma, os problemas de uma Europa que parece caminhar para o seu último estertor não faz parte da campanha dos principais partidos. Tudo o resto é ruído e é com esse ruído que é feita a campanha eleitoral.
Até dia 4 de Junho, os cidadãos vão ouvir repetidamente que estas são as eleições mais importantes da democracia portuguesa e que é preciso responsabilidade, vão ouvir elogios à sua sensatez. Estas são formas de se dizer às pessoas que a importância destas eleições exigem responsabilidade e merecem bom senso; por outras palavras votem nos mesmos.
E é isso que se vai passar. As ilusões que contrastam com as desilusões redundam invariavelmente no mesmo - na escolha de partidos comprometidos e responsáveis pela situação irreconhecível do país; partidos sem soluções; partidos conspurcados por lideranças tíbias e interesseiras.
Contradiz-se enfatizando o facto de não haver escolhas. A realidade é que nenhum destes partidos que se propõe governar mudará enquanto continuar a contar com o apoio dos cidadãos, um apoio que sairá reforçado no dia 5. Depois vêm as lamurias, o descontentamento, os queixumes, como de resto tem sido hábito nas últimas três décadas. Ou seja, mais ruído sem consequências.
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