Parece ser a palavra de ordem de muitos cidadãos, a julgar pelos resultados das sondagens. Esquecer o passado, em particular o passado recente. Talvez isso justifique as sondagens que dão o PS à frente dos restantes partidos da oposição.
O que está em causa nas eleições de dia 5 de Junho é essencialmente responsabilizar os representantes políticos que nos trouxeram até uma situação de agonia e humilhação. Não parece ser o que está em causa, pelo menos para aqueles que participam nas sondagens. Os outros que foram coniventes (uns mais do que outros, é certo) também não serão particularmente prejudicados.
É assim que Portugal é humilhado e passa a estar sob jugo de entidades internacionais, levando os seus cidadãos ao ponto da insustentabilidade. As dificuldades que vão recrudescer e as que afectam tantos e tantos Portugueses não são, apesar de tudo, razões suficientes para penalizar quem tanto prejudicou o país.
Entretanto discute-se a possibilidade de um pedido de ajuda externa antecipado ter sido menos doloroso para o país. Para além dos óbvios exercícios de futurologia, a verdade é que as medidas que fazem parte da "ajuda" fogem um pouco àquilo que foi aplicado na Grécia e na Irlanda precisamente porque agora se perceber que esses mesmos pacotes não surtirem o efeito desejado.
Seja como for, e para além das razões exógenas que nos trouxeram até este triste estado, há responsáveis políticos e as repercussões nas intenções de voto seriam expectáveis. Não parece ser assim. Pelo caminho ouve-se um elemento da Troika falar sobre a necessidade de um governo de maioria para implementar as medidas. Não deixa de ser constrangedor ouvir alguém de fora dar instruções sobre o futuro político português. Paralelamente, será frequente a multiplicidade de apelos ao sentido de responsabilidade dos Portugueses no momento do voto - instabilidade política necessita-se, dir-se-á.
Esqueçam o passado. Mais do que uma ajuda financeira "ajuda", estou cada vez mais convencida que precisámos antes de ajuda psiquiátrica.
O que está em causa nas eleições de dia 5 de Junho é essencialmente responsabilizar os representantes políticos que nos trouxeram até uma situação de agonia e humilhação. Não parece ser o que está em causa, pelo menos para aqueles que participam nas sondagens. Os outros que foram coniventes (uns mais do que outros, é certo) também não serão particularmente prejudicados.
É assim que Portugal é humilhado e passa a estar sob jugo de entidades internacionais, levando os seus cidadãos ao ponto da insustentabilidade. As dificuldades que vão recrudescer e as que afectam tantos e tantos Portugueses não são, apesar de tudo, razões suficientes para penalizar quem tanto prejudicou o país.
Entretanto discute-se a possibilidade de um pedido de ajuda externa antecipado ter sido menos doloroso para o país. Para além dos óbvios exercícios de futurologia, a verdade é que as medidas que fazem parte da "ajuda" fogem um pouco àquilo que foi aplicado na Grécia e na Irlanda precisamente porque agora se perceber que esses mesmos pacotes não surtirem o efeito desejado.
Seja como for, e para além das razões exógenas que nos trouxeram até este triste estado, há responsáveis políticos e as repercussões nas intenções de voto seriam expectáveis. Não parece ser assim. Pelo caminho ouve-se um elemento da Troika falar sobre a necessidade de um governo de maioria para implementar as medidas. Não deixa de ser constrangedor ouvir alguém de fora dar instruções sobre o futuro político português. Paralelamente, será frequente a multiplicidade de apelos ao sentido de responsabilidade dos Portugueses no momento do voto - instabilidade política necessita-se, dir-se-á.
Esqueçam o passado. Mais do que uma ajuda financeira "ajuda", estou cada vez mais convencida que precisámos antes de ajuda psiquiátrica.
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