Paradoxalmente, a democracia sairá enfraquecida das eleições que se aproximam. Sai enfraquecida pela ausência de entusiasmo que criou numa vasta franja da população que preferia ver discutidas ideias do que a constante troca de acusações de quem já nada tem para oferecer ao país. Sai enfraquecida porque a própria soberania do país é posta em causa com o entendimento entre os principais partidos e instituições europeias - o verdadeiro programa eleitoral é o memorando de entendimento. A democracia sai enfraquecida culpa dos principais partidos políticos que se mantêm herméticos, enclausurados numa redoma de interesses próprios e cegos às próprias sociedades.
Não são as repetidas imagens que as televisões passam de uma campanha eleitoral em que os líderes do PS e do PSD surgem rodeados de multidões de fervorosos adeptos, perdão, simpatizantes que nos dizem que estas eleições entusiasmam a generalidade dos portugueses, pelo contrário, os partidos precisam dessas pessoas para criar a ilusão que está tudo muito bem.
Não está tudo muito bem. A perda de soberania do país aliada a uma descrença crescente relativamente aos políticos mina a democracia. Os partidos políticos que alternam o poder entre si agem como se tudo estivesse bem e, infelizmente, muitos cidadãos insistem em dar votos de confiança a quem recusa a mudança, a quem insiste nos erros e agarra-se aos vícios. Embora, a democracia seja a regra da maioria e a maioria não pareça particularmente entusiasmada com estes partidos políticos, o certo é com maior ou menor dispersão de votos os partidos do costume são eleitos.
Para finalizar, importa sublinhar que a abstenção tem sido consideravelmente alta, o que é sintomático da tal descrença dos cidadãos relativamente à política. Todavia, a não participação na democracia nunca será solução para resolver os problemas que se têm vindo a instalar no nosso sistema democrático.
Não são as repetidas imagens que as televisões passam de uma campanha eleitoral em que os líderes do PS e do PSD surgem rodeados de multidões de fervorosos adeptos, perdão, simpatizantes que nos dizem que estas eleições entusiasmam a generalidade dos portugueses, pelo contrário, os partidos precisam dessas pessoas para criar a ilusão que está tudo muito bem.
Não está tudo muito bem. A perda de soberania do país aliada a uma descrença crescente relativamente aos políticos mina a democracia. Os partidos políticos que alternam o poder entre si agem como se tudo estivesse bem e, infelizmente, muitos cidadãos insistem em dar votos de confiança a quem recusa a mudança, a quem insiste nos erros e agarra-se aos vícios. Embora, a democracia seja a regra da maioria e a maioria não pareça particularmente entusiasmada com estes partidos políticos, o certo é com maior ou menor dispersão de votos os partidos do costume são eleitos.
Para finalizar, importa sublinhar que a abstenção tem sido consideravelmente alta, o que é sintomático da tal descrença dos cidadãos relativamente à política. Todavia, a não participação na democracia nunca será solução para resolver os problemas que se têm vindo a instalar no nosso sistema democrático.
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