Depois de décadas de apatia, o recurso ao pedido externo de ajuda pode agravar ainda mais a apatia dos cidadãos. Com efeito, o facto de ser o Fundo Europeu de Estabilização Financeira em pareceria com o FMI a ditarem as regras, contribuirá consideravelmente para o aumento da sensação de impotência e resignação dos cidadãos.
Ora, apesar da entrada desses mecanismos com o objectivo de financiar o país, as decisões dos responsáveis políticos portugueses continuam a ter um peso considerável. De resto, importa sublinhar que os problemas que o país atravessa são também nossa responsabilidade, são consequência de uma sociedade que, excepto grupos corporativos, não se organiza em torno de um objectivo comum; uma sociedade que se deixa ser refém de partidos políticos que conduziram o país à actual situação; uma sociedade adormecida; uma sociedade que se demitiu de participar mais activamente na vida do país.
A indiferença, a incapacidade de intervenção e, porventura mais grave, a ideia que se generalizou e que postula que não nos devemos preocupar com determinadas matérias por estarem nas mãos de políticos ou a ideia de que "eles estão lá para governar" ou até a ideia que a política é um aborrecimento, numa clara confusão entre a sua importância (central como se vê de dia para dia) e a classe política cada vez menos digna desse nome constitui um erro crasso com as consequências que hoje são mais do que visíveis.
Os cidadãos, em particular hoje, têm o poder de escolher qual o melhor caminho a seguir, têm o dever de exercer pressão para que os políticos não se esqueçam do objectivo da política: o bem comum. De igual forma, não chega votar, pagar impostos ou torcer pela selecção nacional. É fundamental que se perceba que o cidadão informado tem mais consciência das suas escolhas, tem a noção que não existe um caminho único. Com ou sem FMI, com este ou com aquele governo, a verdade é que sem uma sociedade civil forte, informada, interventiva e vigilante o desenvolvimento do país será sempre adiado.
Ora, apesar da entrada desses mecanismos com o objectivo de financiar o país, as decisões dos responsáveis políticos portugueses continuam a ter um peso considerável. De resto, importa sublinhar que os problemas que o país atravessa são também nossa responsabilidade, são consequência de uma sociedade que, excepto grupos corporativos, não se organiza em torno de um objectivo comum; uma sociedade que se deixa ser refém de partidos políticos que conduziram o país à actual situação; uma sociedade adormecida; uma sociedade que se demitiu de participar mais activamente na vida do país.
A indiferença, a incapacidade de intervenção e, porventura mais grave, a ideia que se generalizou e que postula que não nos devemos preocupar com determinadas matérias por estarem nas mãos de políticos ou a ideia de que "eles estão lá para governar" ou até a ideia que a política é um aborrecimento, numa clara confusão entre a sua importância (central como se vê de dia para dia) e a classe política cada vez menos digna desse nome constitui um erro crasso com as consequências que hoje são mais do que visíveis.
Os cidadãos, em particular hoje, têm o poder de escolher qual o melhor caminho a seguir, têm o dever de exercer pressão para que os políticos não se esqueçam do objectivo da política: o bem comum. De igual forma, não chega votar, pagar impostos ou torcer pela selecção nacional. É fundamental que se perceba que o cidadão informado tem mais consciência das suas escolhas, tem a noção que não existe um caminho único. Com ou sem FMI, com este ou com aquele governo, a verdade é que sem uma sociedade civil forte, informada, interventiva e vigilante o desenvolvimento do país será sempre adiado.
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