Portugal cometeu erros graves, o Estado fez compras e negócios que em nada ou pouco mais do que nada contribuíram para o desenvolvimento do país; insistiu num caminho pouco propenso ao crescimento económico; acabou por ser refém de interesses político-partidários que só prejudicaram as contas públicas; permitiu que a Justiça se tornasse cada vez mais inoperante, também ela refém de interesses obscuros. Além disso, impôs modelos errados, como é o caso da tibieza do mercado de arrendamento, dando força ao endividamento dos cidadãos.
Ninguém pode negar os erros cometidos pelo nosso país, ao longo de décadas. A proliferação de políticos da teledemocracia, sem qualquer substância e a apatia de cidadãos que nada dizem e nada fazem, culminou com o agravamento dos problemas nacionais. E a julgar pelo que se vê, nada disto promete mudar.
Todavia, não deixa de ser também verdade que Portugal foi empurrado para a necessidade de pedir "ajuda" externa. Ao mesmo tempo que sofria e sofre o desdém de alguns países europeus que ainda não perceberam que o euro não passa de uma anedota. Agora são os Finlandeses que não querem que o nosso país receba ajuda. Fala-se na possibilidade de reestruturar a dívida. Convenhamos que a solução apresentada pelos principais países da Zona Euro está longe de ser a ideal. O eurocepticismo está a ganhar terreno em alguns países e a tendência será sempre para que aumente. Será caso então para perguntar directamente se não seria melhor Portugal sair do euro; Portugal, a Grécia, a Irlanda, e quem sabe Espanha, Itália e a Bélgica. Por que não fazer do euro um clube de países ricos?
Ao invés de se discutir a ausência de mecanismos para fazer face a crises, repensando as funções do Banco Central Europeu, estudando a possibilidade da existência de um verdadeiro orçamento europeu, pensando em questões como a uniformização fiscal, estes países preferem ver-se livres daqueles que consideram fracos e dispensáveis, contrariando a própria natureza da União Europeia e não escondendo alguns laivos de xenofobia.
Critica-se igualmente os responsáveis políticos portugueses porque desde a primeira hora se mostraram uma postura subserviente e incapazes de negociar com as instâncias europeias. A União Europeia, em particular a Zona Euro precisava de uma união de esforços daqueles países ostracizados como foi a Grécia, Irlanda, agora Portugal e quem sabe mais tarde Espanha, Itália e até a Bélgica, no sentido de mostrar que a Zona Euro será uma ilusão enquanto se continuar a percorrer o caminho da ostracização, na senda do neoliberalismo, onde o único consenso existente parece ser o consenso de Washington. Afinal de contas, Portugal não foi responsável por crimes, como outros países o foram num passado não tão longínquo assim. Portugal, nós, colectivamente, cometemos erros, devemos assumi-lo, mas não podemos continuar a ser espezinhados e humilhados. Importa lembrar que tudo se agravou com a inépcia europeia e com a voracidade dos tão amados mercados financeiros.
Ninguém pode negar os erros cometidos pelo nosso país, ao longo de décadas. A proliferação de políticos da teledemocracia, sem qualquer substância e a apatia de cidadãos que nada dizem e nada fazem, culminou com o agravamento dos problemas nacionais. E a julgar pelo que se vê, nada disto promete mudar.
Todavia, não deixa de ser também verdade que Portugal foi empurrado para a necessidade de pedir "ajuda" externa. Ao mesmo tempo que sofria e sofre o desdém de alguns países europeus que ainda não perceberam que o euro não passa de uma anedota. Agora são os Finlandeses que não querem que o nosso país receba ajuda. Fala-se na possibilidade de reestruturar a dívida. Convenhamos que a solução apresentada pelos principais países da Zona Euro está longe de ser a ideal. O eurocepticismo está a ganhar terreno em alguns países e a tendência será sempre para que aumente. Será caso então para perguntar directamente se não seria melhor Portugal sair do euro; Portugal, a Grécia, a Irlanda, e quem sabe Espanha, Itália e a Bélgica. Por que não fazer do euro um clube de países ricos?
Ao invés de se discutir a ausência de mecanismos para fazer face a crises, repensando as funções do Banco Central Europeu, estudando a possibilidade da existência de um verdadeiro orçamento europeu, pensando em questões como a uniformização fiscal, estes países preferem ver-se livres daqueles que consideram fracos e dispensáveis, contrariando a própria natureza da União Europeia e não escondendo alguns laivos de xenofobia.
Critica-se igualmente os responsáveis políticos portugueses porque desde a primeira hora se mostraram uma postura subserviente e incapazes de negociar com as instâncias europeias. A União Europeia, em particular a Zona Euro precisava de uma união de esforços daqueles países ostracizados como foi a Grécia, Irlanda, agora Portugal e quem sabe mais tarde Espanha, Itália e até a Bélgica, no sentido de mostrar que a Zona Euro será uma ilusão enquanto se continuar a percorrer o caminho da ostracização, na senda do neoliberalismo, onde o único consenso existente parece ser o consenso de Washington. Afinal de contas, Portugal não foi responsável por crimes, como outros países o foram num passado não tão longínquo assim. Portugal, nós, colectivamente, cometemos erros, devemos assumi-lo, mas não podemos continuar a ser espezinhados e humilhados. Importa lembrar que tudo se agravou com a inépcia europeia e com a voracidade dos tão amados mercados financeiros.
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