A palavra "Democracia", tantas vezes referida e tão poucas vezes verdadeiramente discutida, começa a ser uma palavra vazia de sentido, tal é a desilusão, a indiferença, a apatia e esmorecimento dos cidadãos. Com efeito, a Democracia, regime político em que o poder soberano reside no povo (demos - povo + Kratia - poder) é sentida como tal cada vez menos. Por muitos defeitos que se possam apontar ao regime democrático, a verdade é que este regime que assenta sobre a soberania popular, a regra da maioria e a igualdade política continua a ser o melhor regime.
Vivemos numa democracia representativa - os cidadãos escolhem os seus representantes. Como seria natural, exige-se que esses representantes sejam responsáveis e que prestem contas. Nem sempre é isso que acontece, muito por culpa dos próprios cidadãos que elegem e reelegem quem se mostra avesso à prestação de contas.
Paralelamente, a sociedade civil é uma componente essencial à democracia. Por sociedade civil entende-se o conjunto de cidadãos que agem, de forma colectiva ou não, fora do âmbito político, fora dos partidos políticos. Em Portugal essa sociedade civil é anódina. Muitos acreditam que a participação resume-se à eleição de representantes passando todo o ónus para esses representantes. A nossa pobreza também se reflecte na quase ausência de uma sociedade civil. Um bom exemplo da tibieza da nossa sociedade civil são as próprias universidades cuja participação na vida colectiva fica muito aquém do que seria necessário.
Ora, depois de anos de irresponsabilidade, inépcia e salvaguarda de interesses político-partidários que decorriam debaixo dos nossos olhos, hoje chora-se sobre leite derramado. E mesmo esse chorar é feito em silêncio, no reduto privado, próprio de uma sociedade fechada sobre si própria.
Importa perceber que é, em larga medida, graças a este nosso desinteresse que estamos metidos numa situação deplorável, sujeitos aos ditames de entidades externas, com a imagem degradada e com os horizontes limitados. Não mudemos não porque, como se vê, não é necessário.
Vivemos numa democracia representativa - os cidadãos escolhem os seus representantes. Como seria natural, exige-se que esses representantes sejam responsáveis e que prestem contas. Nem sempre é isso que acontece, muito por culpa dos próprios cidadãos que elegem e reelegem quem se mostra avesso à prestação de contas.
Paralelamente, a sociedade civil é uma componente essencial à democracia. Por sociedade civil entende-se o conjunto de cidadãos que agem, de forma colectiva ou não, fora do âmbito político, fora dos partidos políticos. Em Portugal essa sociedade civil é anódina. Muitos acreditam que a participação resume-se à eleição de representantes passando todo o ónus para esses representantes. A nossa pobreza também se reflecte na quase ausência de uma sociedade civil. Um bom exemplo da tibieza da nossa sociedade civil são as próprias universidades cuja participação na vida colectiva fica muito aquém do que seria necessário.
Ora, depois de anos de irresponsabilidade, inépcia e salvaguarda de interesses político-partidários que decorriam debaixo dos nossos olhos, hoje chora-se sobre leite derramado. E mesmo esse chorar é feito em silêncio, no reduto privado, próprio de uma sociedade fechada sobre si própria.
Importa perceber que é, em larga medida, graças a este nosso desinteresse que estamos metidos numa situação deplorável, sujeitos aos ditames de entidades externas, com a imagem degradada e com os horizontes limitados. Não mudemos não porque, como se vê, não é necessário.
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