Depois da demissão do primeiro-ministro e embora ainda se aguarde a dissolução da Assembleia da República, a campanha eleitoral já começou, designadamente para o PS e PSD. A estratégias começam também a ser notórias. No caso do PSD, importa sublinhar que o partido mostrou-se desde logo precipitado. A possibilidade de um aumento de impostos, em particular do IVA, logo no dia seguinte ao chumbo do PEC e à consequente demissão do primeiro-ministro, foi um acto de precipitação. É notória a fome de poder que degenera um falta de discernimento. Porém, a estratégia do PSD passará seguramente pela culpabilização do PS face ao descalabro das contas públicas e ao estado periclitante do país. Infelizmente para o PSD, o discurso marcadamente liberal do seu líder e seus correlegionários poderá ter o seu custo nas urnas.
Relativamente ao PS a estratégia passa pela acusações ao PSD de ser responsável pela necessidade de ajuda externa sob a forma do recurso ao Fundo Europeu e ao FMI e, como se viu pelo discurso de José Sócrates no domingo, o PS não vai deixar escapar a oportunidade para denunciar o ideário liberal do PSD. Privatizações na saúde, redução do papel do Estado na Educação, flexibilização da legislação laboral, etc. Com efeito, o ideário do PSD poderá facilitar e muito a vida ao PS.
Relativamente ao PS a estratégia passa pela acusações ao PSD de ser responsável pela necessidade de ajuda externa sob a forma do recurso ao Fundo Europeu e ao FMI e, como se viu pelo discurso de José Sócrates no domingo, o PS não vai deixar escapar a oportunidade para denunciar o ideário liberal do PSD. Privatizações na saúde, redução do papel do Estado na Educação, flexibilização da legislação laboral, etc. Com efeito, o ideário do PSD poderá facilitar e muito a vida ao PS.
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