Esta semana tem sido marcada por greves no sector dos transportes públicos. A cobertura da comunicação social cinge-se aos inevitáveis constrangimentos que essas paralisações provocam na vida dos cidadãos. Contudo, grande parte da comunicação social limita-se a olhar para as greves adoptando apenas essa perspectiva. Quantos às razões que subjazem às paralisações pouco se adianta.
Com efeito, as greves são associadas a reivindicações genericamente sectoriais, ficando uma larga maioria de cidadãos arredados do fundamento das mesmas, com a agravante de ser precisamente essa larga maioria de cidadãos a sair prejudicada das paralisações.
Mesmo as greves ditas gerais são geralmente pouco abrangentes, limitando-se a cobrir o sector público. A precariedade cada vez mais transversal ao mercado de trabalho deixa de fora milhões de trabalhadores que se vêem reféns dessa precariedade.
As manifestações teriam, quanto a mim, um impacto interessante e poderiam levar às ruas do país muitos milhares de cidadãos descontentes, independentemente da sua condição (empregado, desempregado ou reformado) e do facto de trabalhar emno sector público ou privado. Além disso, a precariedade seria um óbice menos relevante.
Infelizmente, os sindicatos portugueses agarrados a partidos políticos, cegos por uma ideologia anacrónica e reféns de interesses que nem sempre se coadunam com os interesses dos cidadãos, não inovam nas formas de protesto, centrando a sua intervenção nas greves.
Paralelamente, importa referir que a capacidade de mobilização dos cidadãos é diminuta, a par de uma participação activa na vida colectiva. Tudo se agrava quando as organizações que possuem a capacidade e a estrutura para mobilizar os cidadãos falham ou estão cegas pelos seus próprios interesses.
Não deixa de ser curioso referir a incapacidade de mobilização de um povo, quando diariamente países fora da Europa proporcionam-nos verdadeiras lições.
Com efeito, as greves são associadas a reivindicações genericamente sectoriais, ficando uma larga maioria de cidadãos arredados do fundamento das mesmas, com a agravante de ser precisamente essa larga maioria de cidadãos a sair prejudicada das paralisações.
Mesmo as greves ditas gerais são geralmente pouco abrangentes, limitando-se a cobrir o sector público. A precariedade cada vez mais transversal ao mercado de trabalho deixa de fora milhões de trabalhadores que se vêem reféns dessa precariedade.
As manifestações teriam, quanto a mim, um impacto interessante e poderiam levar às ruas do país muitos milhares de cidadãos descontentes, independentemente da sua condição (empregado, desempregado ou reformado) e do facto de trabalhar emno sector público ou privado. Além disso, a precariedade seria um óbice menos relevante.
Infelizmente, os sindicatos portugueses agarrados a partidos políticos, cegos por uma ideologia anacrónica e reféns de interesses que nem sempre se coadunam com os interesses dos cidadãos, não inovam nas formas de protesto, centrando a sua intervenção nas greves.
Paralelamente, importa referir que a capacidade de mobilização dos cidadãos é diminuta, a par de uma participação activa na vida colectiva. Tudo se agrava quando as organizações que possuem a capacidade e a estrutura para mobilizar os cidadãos falham ou estão cegas pelos seus próprios interesses.
Não deixa de ser curioso referir a incapacidade de mobilização de um povo, quando diariamente países fora da Europa proporcionam-nos verdadeiras lições.
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