Existe um elemento que é indissociável do grave período de instabilidade que se está a viver no Egipto, mas também noutros países do Médio Oriente e do Magrebe: a voracidade especulativa. Passamos a explicar; o Egipto, a par de outros países da região e do mundo, são vítimas de investidores de Wall Street que deixaram os produtos tóxicos do subprime para passaram a ter como alvo a especulação sobre matérias-primas. Não é causa de grande espanto que o preço dos alimentos tenha vindo a subir consideravelmente desde 2008 (neste mesmo blogue já se tinha chamado a atenção para os perigos dessa subida). Ora, em países com elevados níveis de pobreza e de desemprego, estas subidas não podem fazer outra coisa que não seja inflamar os ânimos.
Para além disso, o Egipto e outros países da região tem características que não lhes permitem fazer face a aumentos do preço dos alimentos. Recorde-se que apenas 5% do solo egípcio é fértil.
Em suma, o aumento dos bens alimentares, o desemprego e a corrupção das elites confortavelmente instaladas só podem resultar numa revolta ou até numa revolução. A isto acresce a supressão de direitos e de liberdades essenciais e a ausência de um Estado democrático. O resultado é que se vê.
A voracidade da especulação paga-se mais cedo ou mais tarde; paga-se de uma forma ou de outra. Vamos ver qual é a factura que o mundo terá que pagar. Sabendo de antemão que se o radicalismo islâmico for preponderante, essa factura poderá ser incomportável.
Para além disso, o Egipto e outros países da região tem características que não lhes permitem fazer face a aumentos do preço dos alimentos. Recorde-se que apenas 5% do solo egípcio é fértil.
Em suma, o aumento dos bens alimentares, o desemprego e a corrupção das elites confortavelmente instaladas só podem resultar numa revolta ou até numa revolução. A isto acresce a supressão de direitos e de liberdades essenciais e a ausência de um Estado democrático. O resultado é que se vê.
A voracidade da especulação paga-se mais cedo ou mais tarde; paga-se de uma forma ou de outra. Vamos ver qual é a factura que o mundo terá que pagar. Sabendo de antemão que se o radicalismo islâmico for preponderante, essa factura poderá ser incomportável.
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