As revoltas, ou até revoluções, que tem ocorrido no Médio Oriente e no Magrebe têm sido entendidas, em geral, como acontecimentos compreensíveis e até expectáveis. Contudo, haverá sempre quem não veja fundamento na revolta dos outros. De facto, é muito fácil viver-se num contexto diametralmente oposto e criticar-se quem sente a necessidade de lutar por uma vida melhor e por mais liberdade.
As consequências das revoltas são naturalmente imprevisíveis e há riscos associados a qualquer mudança de regime, muito em particular em determinadas regiões do globo. Todavia, não se pode deixar de compreender quem simplesmente mostra a coragem de se manifestar pacificamente durante semanas a fio apenas porque pretende uma vida melhor, um futuro mais promissor e, claro está, mais liberdade.
Não perceber isto revela uma hipocrisia exasperante. Com efeito, não se compreende como é que se nega aos outros o direito a lutarem por tudo aquilo que nós temos e, mais grave: como é que se passa para o papel essa negação, como é visível na crónica inefável de João César das Neves de hoje no jornal gratuito "Destak".
É pena que noutros países conspurcados por imobilismo fruto de um ilusório conforto, não haja mais pessoas a lutarem pela mudança, pelo bem comum e pelo respeito pelo bem comum, isto numa altura em que esse bem comum está cada vez mais nas mãos de alguns.
As consequências das revoltas são naturalmente imprevisíveis e há riscos associados a qualquer mudança de regime, muito em particular em determinadas regiões do globo. Todavia, não se pode deixar de compreender quem simplesmente mostra a coragem de se manifestar pacificamente durante semanas a fio apenas porque pretende uma vida melhor, um futuro mais promissor e, claro está, mais liberdade.
Não perceber isto revela uma hipocrisia exasperante. Com efeito, não se compreende como é que se nega aos outros o direito a lutarem por tudo aquilo que nós temos e, mais grave: como é que se passa para o papel essa negação, como é visível na crónica inefável de João César das Neves de hoje no jornal gratuito "Destak".
É pena que noutros países conspurcados por imobilismo fruto de um ilusório conforto, não haja mais pessoas a lutarem pela mudança, pelo bem comum e pelo respeito pelo bem comum, isto numa altura em que esse bem comum está cada vez mais nas mãos de alguns.
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