A subida anunciada do salário mínimo nacional - talvez em finais do ano que se aproxima chegue aos 500 euros - e as difíceis negociações que envolveram essa subida seriam anedóticas, não fosse o assunto ser demasiado sério. Do lado dos patrões alega-se que é incomportável subir o salário de miséria, perdão, salário mínimo, para os 500 euros. Este ano coloca-se o problema da crise, noutros existiam outros problemas, é tudo uma questão de apelar ao sentido imaginativo de cada um.
Por muito que não se queira admitir, parte da nossa economia ainda assenta em baixos salários. É com salários miseráveis e terceiro-mundistas que muitas empresas fazem o seu percurso. Pouco interessa perceber que haverá sempre países com salários mais baixos do que o nosso e que o caminho faz-se do lado da qualificação dos recursos humanos.
Não deixa de ser dramático falar-se em qualificação de recursos e saber que há pessoas muito qualificadas a auferir o tal salário mínimo, isto porque o mercado de trabalho é pouco dinâmico e porque culturalmente procuramos sempre pagar o menos possível, raras vezes aproveitando as competências de quem trabalha. A ideia é invariavelmente a mesma: pagar o menos possível, pouco interessa se a pessoa em questão tem competências para mais e que essas competências seriam vantajosas para as empresas. Portugal é indubitavelmente o pais do artifício, do chico-espertismo. Não será no contexto laboral que a situação é diferente.
Nestas circunstâncias, não admira que um aumento de 10 euros do salário mínimo, numa primeira fase e 15, numa segunda, seja uma tarefa hercúlea.
Por muito que não se queira admitir, parte da nossa economia ainda assenta em baixos salários. É com salários miseráveis e terceiro-mundistas que muitas empresas fazem o seu percurso. Pouco interessa perceber que haverá sempre países com salários mais baixos do que o nosso e que o caminho faz-se do lado da qualificação dos recursos humanos.
Não deixa de ser dramático falar-se em qualificação de recursos e saber que há pessoas muito qualificadas a auferir o tal salário mínimo, isto porque o mercado de trabalho é pouco dinâmico e porque culturalmente procuramos sempre pagar o menos possível, raras vezes aproveitando as competências de quem trabalha. A ideia é invariavelmente a mesma: pagar o menos possível, pouco interessa se a pessoa em questão tem competências para mais e que essas competências seriam vantajosas para as empresas. Portugal é indubitavelmente o pais do artifício, do chico-espertismo. Não será no contexto laboral que a situação é diferente.
Nestas circunstâncias, não admira que um aumento de 10 euros do salário mínimo, numa primeira fase e 15, numa segunda, seja uma tarefa hercúlea.
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