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Optimismo em 2011

Ser-se optimista relativamente ao ano que se avizinha é tarefa hercúlea. Esse será um ano de redução de salários, de aumento de impostos e muito provavelmente de aumento do desemprego e da pobreza. Nestas circunstâncias é manifestamente difícil ser-se optimista. Ainda assim, não se pode perder o optimismo, sob pena de se perder também a energia necessária para fazer face às dificuldades.
É evidente que a situação política do país não ajuda a esse tão necessário optimismo. O Governo arrasta-se e o maior partido da oposição demonstra ter fome de poder, mas pouco mais do que isso. Sem uma clarificação política, sem um Governo estável, será muito difícil ao país sair desta intrincada situação.
O ano que se avizinha é de riscos e o maior prende-se com o próprio Estado Social e com a protecção dos cidadãos, designadamente dos trabalhadores. A crise abre portas a excessos e a medidas sem retorno. Mais uma razão para os cidadãos mostrarem que não se resignam. Ora, o pessimismo degenera amiúde em passividade, É essencialmente essa passividade que necessita de ser combatida. O optimismo bem medido pode ser um caminho. O contrário, como se vê, não tem produzido bons resultados

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