Hoje realiza-se o último debate televisivo para as eleições presidenciais. O debate põe frente a frente Manuel Alegre e Cavaco Silva. Este poderia ser o debate mais esperado, mas a verdade é que o interesse dos cidadãos parece tão reduzido que este pode muito bem ser mais um debate entre os vários que se realizaram e que não suscitaram grande interesse junto dos Portugueses.
Com efeito, os poderes do Presidente da República, para muitos considerados reduzidos, a mais do que anunciada vitória do candidato Cavaco Silva e a inanidade própria dos intervenientes, a começar precisamente neste último, são factores decisivos para explicar a falta de interesse dos cidadãos. Acresce ainda a imagem cada vez mais dilacerada da própria classe política que, paradoxalmente, continua a fazer parte do rol de preferências dos cidadãos na altura de votarem. Os cidadãos queixam-se da classe política, mas muitos rejeitam a mudança e continuam a depositar a sua confiança em quem já está na política há largos anos, pese embora alguns tentem escamotear esse facto. Ninguém parece verdadeiramente interessado em mudar e em dar uma oportunidade a quem não tem responsabilidade no periclitante estado do país.
Apesar de não ser apologista da utilização de analogias futebolísticas, ainda assim arrisco dizer que se se tratasse de um jogo de futebol este debate de hoje seria apenas para cumprir calendário. Anunciasse incessantemente o vencedor, ilação que se pode retirar das sondagens realizadas, mas também da cobertura televisiva que a campanha de Cavaco Silva tem tido, a começar pelo anúncio da sua candidatura.
Apesar de não ser apologista da utilização de analogias futebolísticas, ainda assim arrisco dizer que se se tratasse de um jogo de futebol este debate de hoje seria apenas para cumprir calendário. Anunciasse incessantemente o vencedor, ilação que se pode retirar das sondagens realizadas, mas também da cobertura televisiva que a campanha de Cavaco Silva tem tido, a começar pelo anúncio da sua candidatura.
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