Chama-se União Europeia e ao primeiro sinal de crise deixou cair os princípios de solidariedade entre os Estados-membros. Esta é a grande desilusão. Uma UE pouco democrática que elabora tratados e ratifica-os à revelia dos cidadãos; uma UE cujo parlamento - órgão supostamente democrático - está longe de ter a importância que deveria ter; uma UE que abandonou o seu princípio de aproximar os povos para se tornar num conjunto de Estados que partilham uma moeda única.
A crise que eclodiu nos Estados Unidos em 2008 teve o condão de mostrar a verdadeira natureza da União Europeia - um conjunto de Estados reféns dos humores alemães e franceses.
Numa primeira fase decidiu-se que os Estados deveriam reforçar as políticas de combate à crise, mesmo que para tal tivessem que deixar crescer os seus défices. Depois descobriu-se que a Grécia tinha andado a brincar com coisas sérias, mas ao invés da reprimenda necessária, a Alemanha mostrou sempre relutância em prestar auxílio a um Estado-membro deixando toda a zona Euro na mira da ganância dos mercados. Quanto à questão dos défices, afinal tinham de ser combatidos, e impingiram-nos medidas de austeridade sem precedentes. Finalmente, a Alemanha continuou a mostrar a sua intransigência, fazendo propostas verdadeiramente desastrosas e os mercados lá voltaram a atacar os mais fragilizados.
Esta crise mostrou que na União Europeia, designadamente a Zona Euro, aplica-se a velha máxima do "cada um por si". Não se encontram mecanismos para ajudar os Estados em mais dificuldades que não passem pela cartilha neoliberal.
A Alemanha, por sua vez, representa o papel de vítima sacrificada: contribui com mais dinheiro do que os outros para o mísero Orçamento europeu e recusa a ajuda aos ditos "irresponsáveis" do sul da Europa. Esquece-se do seu passado e de ter contado com a solidariedade dos povos Europeus; esquece-se que é precisamente a solidariedade um dos pilares da construção europeia; esquece-se do facto de ser uma das maiores beneficiadas com a criação da moeda única, com BCE e com as políticas - monetárias tudo à sua imagem.
A União Europeia é uma grande desilusão: já existiam fortes sinais disso, designadamente com as trafulhices em volta dos tratados e das suas ratificações (se for necessário até se repetem referendos). Agora, com a subserviência em torno das políticas da Chanceler do seu inefável ministro das Finanças, muitos pagam a factura de uma crise que escapa à sua responsabilidade e confirmam o facto da UE se ter tornado numa verdadeira farsa.
A crise que eclodiu nos Estados Unidos em 2008 teve o condão de mostrar a verdadeira natureza da União Europeia - um conjunto de Estados reféns dos humores alemães e franceses.
Numa primeira fase decidiu-se que os Estados deveriam reforçar as políticas de combate à crise, mesmo que para tal tivessem que deixar crescer os seus défices. Depois descobriu-se que a Grécia tinha andado a brincar com coisas sérias, mas ao invés da reprimenda necessária, a Alemanha mostrou sempre relutância em prestar auxílio a um Estado-membro deixando toda a zona Euro na mira da ganância dos mercados. Quanto à questão dos défices, afinal tinham de ser combatidos, e impingiram-nos medidas de austeridade sem precedentes. Finalmente, a Alemanha continuou a mostrar a sua intransigência, fazendo propostas verdadeiramente desastrosas e os mercados lá voltaram a atacar os mais fragilizados.
Esta crise mostrou que na União Europeia, designadamente a Zona Euro, aplica-se a velha máxima do "cada um por si". Não se encontram mecanismos para ajudar os Estados em mais dificuldades que não passem pela cartilha neoliberal.
A Alemanha, por sua vez, representa o papel de vítima sacrificada: contribui com mais dinheiro do que os outros para o mísero Orçamento europeu e recusa a ajuda aos ditos "irresponsáveis" do sul da Europa. Esquece-se do seu passado e de ter contado com a solidariedade dos povos Europeus; esquece-se que é precisamente a solidariedade um dos pilares da construção europeia; esquece-se do facto de ser uma das maiores beneficiadas com a criação da moeda única, com BCE e com as políticas - monetárias tudo à sua imagem.
A União Europeia é uma grande desilusão: já existiam fortes sinais disso, designadamente com as trafulhices em volta dos tratados e das suas ratificações (se for necessário até se repetem referendos). Agora, com a subserviência em torno das políticas da Chanceler do seu inefável ministro das Finanças, muitos pagam a factura de uma crise que escapa à sua responsabilidade e confirmam o facto da UE se ter tornado numa verdadeira farsa.
Comentários