Segundo o antropólogo José Pereira Bastos, os Portugueses, na sua maioria, são racistas relativamente à comunidade cigana. O antropólogo, em declarações à Agência Lusa, chega mesmo a afirmar que 80 por cento dos cidadãos Portugueses têm comportamentos racistas face aos ciganos e que ninguém em Portugal se interessa pelo assunto. Consequentemente, seria profícuo analisar cuidadosamente o que está subjacente a estes números, quais as razões que levam tantas pessoas a terem comportamentos racistas relativamente à comunidade cigana.
O assunto ganhou novas dimensões com a expulsão de território francês de centenas de ciganos romenos. As posições, como é apanágio nestes casos, acabaram por se extremar e a discussão centra-se invariavelmente no racismo versus direitos humanos. Todavia, é determinante ir mais longe. A integração é essencial assim como a reciprocidade também o é. Não chega o Estado contribuir para essa integração, através de apoios, são necessárias outras medidas que não implicam um esforço financeiro para o Estado, mas também é fundamental que a comunidade em questão dê sinais à sociedade em que está inserida de que a integração é um propósito seu.
Com efeito, a ausência dessa reciprocidade contribui para o falhanço da integração e redunda em comportamentos de rejeição por parte da maior parte da população. É essencial perceber que sem essa reciprocidade, o racismo referido pelo antropólogo continuará a ser uma realidade. E se podemos afirmar que o Estado e a sociedade portuguesa têm capacidades para fazer mais por esta comunidade, não deixa igualmente de ser verdade que o mesmo pode ser dito da referida comunidade.
O assunto ganhou novas dimensões com a expulsão de território francês de centenas de ciganos romenos. As posições, como é apanágio nestes casos, acabaram por se extremar e a discussão centra-se invariavelmente no racismo versus direitos humanos. Todavia, é determinante ir mais longe. A integração é essencial assim como a reciprocidade também o é. Não chega o Estado contribuir para essa integração, através de apoios, são necessárias outras medidas que não implicam um esforço financeiro para o Estado, mas também é fundamental que a comunidade em questão dê sinais à sociedade em que está inserida de que a integração é um propósito seu.
Com efeito, a ausência dessa reciprocidade contribui para o falhanço da integração e redunda em comportamentos de rejeição por parte da maior parte da população. É essencial perceber que sem essa reciprocidade, o racismo referido pelo antropólogo continuará a ser uma realidade. E se podemos afirmar que o Estado e a sociedade portuguesa têm capacidades para fazer mais por esta comunidade, não deixa igualmente de ser verdade que o mesmo pode ser dito da referida comunidade.
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