A guerra ao terrorismo, encabeçada por Bush, teve consequências negativas para a imagem dos Estados Unidos. Agudizaram-se sentimentos contra os Estados Unidos e o antiamericanismo ganhou novos adeptos. Guantánamo é paradigmático de uma política de guerra ao terrorismo que atropelou direitos humanos e que colocou em causa a credibilidade externa dos Estados Unidos.
A Administração Obama tem contribuído para um aligeirar dos tais sentimentos negativos e do antiamericanismo, mas alguns dos problemas persistem. Guantánamo é, indubitavelmente um deles. A guerra ao terrorismo tem sido travada com recurso a meios menos aceitáveis e embora se sublinhe a necessidade de um combate eficiente ao terrorismo, é difícil sustentar a tese de que os direitos humanos, num contexto de guerra ao terrorismo, possa ser uma questão de somenos. Além do mais, Guantánamo tem tido um efeito contraproducente no sentido em que fragiliza a legitimidade americana a nível internacional. Outro problema é seguramente o que fazer com Guantánamo. Barack Obama frisou a necessidade de encerrar o campo, mas a verdade é que ainda não o fez.
De qualquer modo, Guantánamo também serviu para uma extravasação de ódios contra os Estados Unidos. Muitas críticas às políticas americanos são merecedoras de críticas, mas o que subjaz amiúde a essas críticas é um ódio iniludível aos Estados Unidos. De facto, não deixa de ser curioso assistir a discursos de exultação a países liderados por tiranos desvairados e aos seus regimes enquanto se diaboliza os Estados Unidos. As críticas feitas às políticas americanas, desde que fundamentadas, devem ser encaradas num quadro de normalidade, até porque com o poder (em contextos democráticos) deve vir a responsabilidade e o respeito pelos direitos humanos. Aquilo que já não se aceita com tanta facilidade é a relativização de regimes totalitários que constantemente atropelam os direitos humanos ao mesmo tempo que se faz dos Estados Unidos o grande responsável por todos os males do mundo. É preciso ter alguma sensatez e tentar afastar ressabiamentos antigos e mal disfarçados.
A Administração Obama tem contribuído para um aligeirar dos tais sentimentos negativos e do antiamericanismo, mas alguns dos problemas persistem. Guantánamo é, indubitavelmente um deles. A guerra ao terrorismo tem sido travada com recurso a meios menos aceitáveis e embora se sublinhe a necessidade de um combate eficiente ao terrorismo, é difícil sustentar a tese de que os direitos humanos, num contexto de guerra ao terrorismo, possa ser uma questão de somenos. Além do mais, Guantánamo tem tido um efeito contraproducente no sentido em que fragiliza a legitimidade americana a nível internacional. Outro problema é seguramente o que fazer com Guantánamo. Barack Obama frisou a necessidade de encerrar o campo, mas a verdade é que ainda não o fez.
De qualquer modo, Guantánamo também serviu para uma extravasação de ódios contra os Estados Unidos. Muitas críticas às políticas americanos são merecedoras de críticas, mas o que subjaz amiúde a essas críticas é um ódio iniludível aos Estados Unidos. De facto, não deixa de ser curioso assistir a discursos de exultação a países liderados por tiranos desvairados e aos seus regimes enquanto se diaboliza os Estados Unidos. As críticas feitas às políticas americanas, desde que fundamentadas, devem ser encaradas num quadro de normalidade, até porque com o poder (em contextos democráticos) deve vir a responsabilidade e o respeito pelos direitos humanos. Aquilo que já não se aceita com tanta facilidade é a relativização de regimes totalitários que constantemente atropelam os direitos humanos ao mesmo tempo que se faz dos Estados Unidos o grande responsável por todos os males do mundo. É preciso ter alguma sensatez e tentar afastar ressabiamentos antigos e mal disfarçados.
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