À parte dos jogos político-partidários, é impossível não reconhecer que o país piora a cada dia que passa. E se por um lado, a crise internacional e a fragilidade da Zona Euro contribuem para essa deterioração, não é menos verdade que a actuação do Governo deixou e continua a deixar muito a desejar. Vem isto a propósito da sugestão de Paulo Portas, em pleno debate da Nação, de uma demissão do primeiro-ministro. José Sócrates recusou liminarmente essa sugestão.
Em boa verdade percebe-se que este Governo terá poucas hipóteses de se manter no poder sem o apoio de outros políticos e pelo que é possível observar, são cada vez mais notórias as divergências entre PS e PSD, o que enfraquece o Governo.
A possibilidade levantada por Paulo Portas parece de difícil concretização; PS e PSD recusaram uma hipotética coligação com o CDS. O PSD quer ganhar eleições e só depois dos resultados pensar em possíveis coligações, embora Miguel Relvas não tenha deliberadamente afastado essa hipótese, o líder do partido, Pedro Passos Coelho, quer ganhar eleições e, mesmo em coligação, quer manter a preponderância do seu partido. Uma coligação, hoje, com PS e CDS acabaria por não dar essa preponderância ao seu partido. Parece-me óbvio que Pedro Passos Coelho simplesmente quer ser primeiro-ministro.
A situação do país é manifestamente difícil, e tenho dúvidas que uma mais do que provável mudança de Governo, neste caso com uma vitória do PSD, não possa vir a dar origem a novos problemas. De facto, Passos Coelho tem feito propostas que põem em causa o Estado Social por muito que o mesmo o negue. Por muito que o país atravesse dificuldades, imagine-se como tudo seria se não existisse um Estado Social. E uma coisa é propor acabar com os excessos, por forma a fortalecer o Estado Social, outra totalmente diferente é destruí-lo e Passos Coelho ainda não disse como é que vai manter um Estado Social quando as suas propostas vão em sentido contrário. O PS precisa de uma nova liderança se quer fazer frente ao líder do PSD. José Sócrates não é certamente uma opção.
Em boa verdade percebe-se que este Governo terá poucas hipóteses de se manter no poder sem o apoio de outros políticos e pelo que é possível observar, são cada vez mais notórias as divergências entre PS e PSD, o que enfraquece o Governo.
A possibilidade levantada por Paulo Portas parece de difícil concretização; PS e PSD recusaram uma hipotética coligação com o CDS. O PSD quer ganhar eleições e só depois dos resultados pensar em possíveis coligações, embora Miguel Relvas não tenha deliberadamente afastado essa hipótese, o líder do partido, Pedro Passos Coelho, quer ganhar eleições e, mesmo em coligação, quer manter a preponderância do seu partido. Uma coligação, hoje, com PS e CDS acabaria por não dar essa preponderância ao seu partido. Parece-me óbvio que Pedro Passos Coelho simplesmente quer ser primeiro-ministro.
A situação do país é manifestamente difícil, e tenho dúvidas que uma mais do que provável mudança de Governo, neste caso com uma vitória do PSD, não possa vir a dar origem a novos problemas. De facto, Passos Coelho tem feito propostas que põem em causa o Estado Social por muito que o mesmo o negue. Por muito que o país atravesse dificuldades, imagine-se como tudo seria se não existisse um Estado Social. E uma coisa é propor acabar com os excessos, por forma a fortalecer o Estado Social, outra totalmente diferente é destruí-lo e Passos Coelho ainda não disse como é que vai manter um Estado Social quando as suas propostas vão em sentido contrário. O PS precisa de uma nova liderança se quer fazer frente ao líder do PSD. José Sócrates não é certamente uma opção.
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