David Cameron, primeiro-ministro britânico, demonstrou entusiasticamente a sua vontade que a Turquia venha a fazer parte da União Europeia. Recorde-se que se trata do primeiro-ministro de um país que vive com um pé dentro e outro fora da União Europeia, aproximando-se ou afastando-se da UE conforme os seus interesses. Talvez se fosse um membro pleno, as suas palavras tivessem outro peso.
Também não deixa de ser curioso defender a entrada da Turquia na UE, quando a União Europeia não tem uma estrutura que lhe tenha permitido fazer face aos últimos alargamentos, uma União Europeia que vive em permanentes dificuldades de funcionamento. Mas também é mais fácil falar-se de determinados assuntos quando se está dentro e fora, conforme a conveniência.
Concretamente, a entrada da Turquia na UE é rejeitada por muitos cidadãos europeus que não se terão oposto, com tanta veemência, à adesão de outros países. A Turquia é um verdadeiro pomo de discórdia entre os vários países que compõem a UE. A questão mais difícil de ultrapassar prende-se com o facto de se tratar de um país muçulmano com mais de 70 milhões de habitantes que apresenta diferenças abissais que muitos cidadãos europeus não estão dispostos a aceitar. Esta é a verdadeira razão que afasta muitos europeus da ideia de uma adesão da Turquia.
Todavia, não se pode falar entusiasticamente da adesão de um país com as características da Turquia e esquecer os problemas que ainda subsistem neste país: desde atropelos aos direitos humanos, passando pelo tratamento dado às mulheres, à intransigência no reconhecimento do genocídio arménio. A Turquia não é o oásis que o Sr. Cameron pinta. Compreendem-se os interesses britânicos neste país, designadamente interesses económicos. Convém é não esquecer que uma possível adesão da Turquia à UE, à revelia dos cidadãos, poderá ser fatal para uma Europa que já não conta com os seus cidadãos, numa espiral de enfraquecimento da sua coesão. Os negócios não podem justificar tudo. E a UE já errou ao prometer à Turquia aquilo que tantas dificuldades tem em dar.
Também não deixa de ser curioso defender a entrada da Turquia na UE, quando a União Europeia não tem uma estrutura que lhe tenha permitido fazer face aos últimos alargamentos, uma União Europeia que vive em permanentes dificuldades de funcionamento. Mas também é mais fácil falar-se de determinados assuntos quando se está dentro e fora, conforme a conveniência.
Concretamente, a entrada da Turquia na UE é rejeitada por muitos cidadãos europeus que não se terão oposto, com tanta veemência, à adesão de outros países. A Turquia é um verdadeiro pomo de discórdia entre os vários países que compõem a UE. A questão mais difícil de ultrapassar prende-se com o facto de se tratar de um país muçulmano com mais de 70 milhões de habitantes que apresenta diferenças abissais que muitos cidadãos europeus não estão dispostos a aceitar. Esta é a verdadeira razão que afasta muitos europeus da ideia de uma adesão da Turquia.
Todavia, não se pode falar entusiasticamente da adesão de um país com as características da Turquia e esquecer os problemas que ainda subsistem neste país: desde atropelos aos direitos humanos, passando pelo tratamento dado às mulheres, à intransigência no reconhecimento do genocídio arménio. A Turquia não é o oásis que o Sr. Cameron pinta. Compreendem-se os interesses britânicos neste país, designadamente interesses económicos. Convém é não esquecer que uma possível adesão da Turquia à UE, à revelia dos cidadãos, poderá ser fatal para uma Europa que já não conta com os seus cidadãos, numa espiral de enfraquecimento da sua coesão. Os negócios não podem justificar tudo. E a UE já errou ao prometer à Turquia aquilo que tantas dificuldades tem em dar.
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