As decisões que saíram da última cimeira do G20 reforçam aquilo que já todos perceberam: fica tudo na mesma, a vontade de encetar mudanças no modelo económico global é praticamente nula, e mais grave, é na Europa que o conservadorismo económico assente no neoliberalismo que está subjacente à crise, parece ganhar mais adeptos.
É neste contexto que não causa estranheza a receita, impulsionada pela Alemanha, para a crise: medidas de austeridade que asfixiam as classes médias no sentido de reduzir défices e endividamento e nenhuma medida para reforçar a regulação e supervisão dos mercados. Dito por outras palavras: continuamos a assistir à prevalência da economia em detrimento da política – perdem os cidadãos porque perdem a sua soberania, perdem a sua voz.
A medida que visava a aplicação de uma taxa semelhante à taxa Tobin caiu por terra na precisa medida em que se decidiu que cabe aos Estados aplicar ou não essa taxa que incidiria sobre a especulação e sobre o sector financeiro. É evidente que dizer que a aplicação da taxa fica ao critério de cada país é o mesmo do que anunciar já a morte dessa medida.
Em suma, fica tudo na mesma. Continuam a ser as classes médias e os mais fragilizados como os desempregados a pagar as consequências da voracidade dos mercados e da inépcia dos políticos. Mais uma vez a Alemanha destaca-se pela negativa. Assume a liderança de uma Europa desorientada graças também a essa liderança alemã que tem apenas uma preocupação: salvaguarda dos interesses alemães, tal como a demora na ajuda à Grécia bem demonstrou.
É neste contexto que não causa estranheza a receita, impulsionada pela Alemanha, para a crise: medidas de austeridade que asfixiam as classes médias no sentido de reduzir défices e endividamento e nenhuma medida para reforçar a regulação e supervisão dos mercados. Dito por outras palavras: continuamos a assistir à prevalência da economia em detrimento da política – perdem os cidadãos porque perdem a sua soberania, perdem a sua voz.
A medida que visava a aplicação de uma taxa semelhante à taxa Tobin caiu por terra na precisa medida em que se decidiu que cabe aos Estados aplicar ou não essa taxa que incidiria sobre a especulação e sobre o sector financeiro. É evidente que dizer que a aplicação da taxa fica ao critério de cada país é o mesmo do que anunciar já a morte dessa medida.
Em suma, fica tudo na mesma. Continuam a ser as classes médias e os mais fragilizados como os desempregados a pagar as consequências da voracidade dos mercados e da inépcia dos políticos. Mais uma vez a Alemanha destaca-se pela negativa. Assume a liderança de uma Europa desorientada graças também a essa liderança alemã que tem apenas uma preocupação: salvaguarda dos interesses alemães, tal como a demora na ajuda à Grécia bem demonstrou.
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