O tema ganhou importância com as declarações de um político alemão do partido da chanceler Angela Merkel. Este político afirmou que a selecção de imigrantes deve passar pela utilização de testes de inteligência. Este método de selecção foi amplamente criticada pelos partidos da oposição, mas não invalida uma discussão mais alargada sobre a imigração, designadamente sobre quotas de imigração,
Quanto à forma de selecção proposta por Peter Trapp, porta-voz da União Democrata-Cristã, as críticas têm a sua razão de ser. Embora seja visível que a orientação de muitos países europeus passe pelo interesse no acolhimento de imigrantes com qualificações elevadas, devidos às necessidades actuais desses países. No entanto, chegar-se ao ponto de seleccionar em função da inteligência parece demasiado rebuscado e ambíguo do ponto de vista moral.
É natural que os países procurem ajustar a entrada de imigrantes às suas necessidades laborais e é duvidoso que a relativização desse ajustamento seja profícuo quer para os países quer para os imigrantes. Mas a importância da imigração é substancial numa Europa envelhecida e qualquer selecção não pode deixar totalmente de fora os menos qualificados que são precisamente os que, em geral, mais necessitam de ser acolhidos.
De todo o modo, parece-me legítimo que a Europa faça a sua selecção consoante as suas necessidades e, se necessário, possa reduzir quotas. É contra-producente pensar que não deve haver limites à entrada de imigrantes quando não existem condições para essa entrada. Nesta como noutras questões deve prevalecer um equilíbrio – a proposta da selecção através de testes de inteligência não cabe nesse equilíbrio. Tal como as formas de imigração escolhidas por muitos países europeus não se coaduna com esse equilíbrio, designadamente quando se promove a integração a qualquer custo.
Quanto à forma de selecção proposta por Peter Trapp, porta-voz da União Democrata-Cristã, as críticas têm a sua razão de ser. Embora seja visível que a orientação de muitos países europeus passe pelo interesse no acolhimento de imigrantes com qualificações elevadas, devidos às necessidades actuais desses países. No entanto, chegar-se ao ponto de seleccionar em função da inteligência parece demasiado rebuscado e ambíguo do ponto de vista moral.
É natural que os países procurem ajustar a entrada de imigrantes às suas necessidades laborais e é duvidoso que a relativização desse ajustamento seja profícuo quer para os países quer para os imigrantes. Mas a importância da imigração é substancial numa Europa envelhecida e qualquer selecção não pode deixar totalmente de fora os menos qualificados que são precisamente os que, em geral, mais necessitam de ser acolhidos.
De todo o modo, parece-me legítimo que a Europa faça a sua selecção consoante as suas necessidades e, se necessário, possa reduzir quotas. É contra-producente pensar que não deve haver limites à entrada de imigrantes quando não existem condições para essa entrada. Nesta como noutras questões deve prevalecer um equilíbrio – a proposta da selecção através de testes de inteligência não cabe nesse equilíbrio. Tal como as formas de imigração escolhidas por muitos países europeus não se coaduna com esse equilíbrio, designadamente quando se promove a integração a qualquer custo.
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