É esta a receita que continua a ser determinante para o futuro de alguns portugueses, curiosamente muitos deles ligados à política, designadamente ao partido que ocupa o poder. Muito resumidamente, o chamado trânsito de ex-governantes chegou a secretários de Estado que, após a sua passagem pelo Governo, passaram para a administração da ERSE, num caso, para administração da Anacom ou para a presidência da Cimpor noutros casos. E há ainda a passagem da inesquecível ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues que ocupa hoje o lugar de presidente da Fundação Luso-Americana ou do também ele inesquecível ex-ministro das Obras Públicas, Mário Lino que transitou para as seguradoras da CGD.
É curioso verificar a mobilidade destes ex-governantes, em particular num país que se queixa da falta de mobilidade dos seus trabalhadores. Estes ex-governantes são, pois, um exemplo para o país. Pena é que as características dos cargos que agora ocupam sejam tão pouco comuns para os restantes trabalhadores.
Outro facto assinalável é a herança que muitos destes ex-governantes deixaram ao país. Com efeito ninguém se irá esquecer da ex-ministra da Educação e do ex-ministro das Obras Públicas. É que para além da sua incrível mobilidade, estes ex-governantes brindaram os portugueses com um trabalho memorável. Pelo menos ninguém se irá esquecer tão cedo destes ex-governantes.
Vêm isto a propósito da chamada de atenção feita pelo PCP sobre a passagem de ex-governantes para empresas da sua anterior tutela. Deu-se o exemplo de um ex-secretário de Estado da Indústria e da Energia que ocupou funções até 2009 e que vai presidir à cimenteira Cimpor. Neste caso nem se verificou um período de nojo, embora a palavra “nojo” seja provavelmente chamada à colação. PS e PSD também se entendem sobre esta matéria e entre competências e incompetências dão pouca importância ao caso. Afinal de contas, hoje sou eu ou os meus a ocuparem os tais lugares tão apetecíveis e tão propensos a mobilidades e amanhã será a tua vez e a dos teus.
É assim que este pequeno país vai vivendo o seu quotidiano, entre distracções mais ou menos evidentes, Portugal continua a ser um excelente sítio para quem ocupa cargos de representação política e que olha para esses cargos como se de uma casta superior se tratasse.
É curioso verificar a mobilidade destes ex-governantes, em particular num país que se queixa da falta de mobilidade dos seus trabalhadores. Estes ex-governantes são, pois, um exemplo para o país. Pena é que as características dos cargos que agora ocupam sejam tão pouco comuns para os restantes trabalhadores.
Outro facto assinalável é a herança que muitos destes ex-governantes deixaram ao país. Com efeito ninguém se irá esquecer da ex-ministra da Educação e do ex-ministro das Obras Públicas. É que para além da sua incrível mobilidade, estes ex-governantes brindaram os portugueses com um trabalho memorável. Pelo menos ninguém se irá esquecer tão cedo destes ex-governantes.
Vêm isto a propósito da chamada de atenção feita pelo PCP sobre a passagem de ex-governantes para empresas da sua anterior tutela. Deu-se o exemplo de um ex-secretário de Estado da Indústria e da Energia que ocupou funções até 2009 e que vai presidir à cimenteira Cimpor. Neste caso nem se verificou um período de nojo, embora a palavra “nojo” seja provavelmente chamada à colação. PS e PSD também se entendem sobre esta matéria e entre competências e incompetências dão pouca importância ao caso. Afinal de contas, hoje sou eu ou os meus a ocuparem os tais lugares tão apetecíveis e tão propensos a mobilidades e amanhã será a tua vez e a dos teus.
É assim que este pequeno país vai vivendo o seu quotidiano, entre distracções mais ou menos evidentes, Portugal continua a ser um excelente sítio para quem ocupa cargos de representação política e que olha para esses cargos como se de uma casta superior se tratasse.
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