Ontem escrevemos aqui as dificuldades em perceber quantos meses tem um semestre, isto porque o Governo tinha falado na introdução no aumento do IRS a partir do segundo semestre, mas este aumento entrava em vigor já a partir de Junho. Hoje, espante-se!, sabe-se que no vencimento ainda deste mês já vem contemplada a medida do Governo e já se recebe menos.
Para além das trapalhadas injustificáveis do Governo que contribuem para a descredibilização absoluta do Estado e tem consequências na competitividade da própria economia, a ideia que se vai gradualmente impondo é a do desespero do Executivo de José Sócrates. Não deve mesmo faltar muito para que se perceba que até os pagamentos e compromissos do Estado possam estar em causa, passando também pelo pagamento aos funcionários.
O desespero não impede, porém, o burburinho sobre as grandes obras públicas. A resiliência do ministro das Obras Públicas sobre este assunto é verdadeiramente assustadora. Para este ministro e para o primeiro-ministro, o país não vive uma das suas piores crises dos últimos trinta anos. Parece que é tudo fruto da nossa imaginação.
O paradoxo é assolador: por um lado, assistimos a um comportamento do Governo que só pode ser consequência do desespero, dando a impressão que o dinheiro rareia e que, consequentemente, antecipam-se as medidas; e por outro, o primeiro-ministro e o ministro das Obras Públicas insistem em assumir compromissos que terão elevados custos para as gerações actuais e para as vindouras e cuja necessidade de financiamento não poderá ser satisfeita como era no passado. A mescla de desespero e de irrealismo é o resultado de um Executivo que vai sobrevivendo graças ao comportamento da oposição, em particular o PSD, que na verdade não quer assumir os comandos de um país perto da falência; prefere deixar o Governo tomar as decisões difíceis que tem que tomar, e logo se verá. A isto chama-se sentido de Estado.
A verdade é que estas trapalhadas, contradições e desesperos são o resultado de um Governo que, desde o primeiro, dia mostrou toda a sua inépcia e cuja responsabilidade pelo o estado em que o país se encontra é inquestionável.
Para além das trapalhadas injustificáveis do Governo que contribuem para a descredibilização absoluta do Estado e tem consequências na competitividade da própria economia, a ideia que se vai gradualmente impondo é a do desespero do Executivo de José Sócrates. Não deve mesmo faltar muito para que se perceba que até os pagamentos e compromissos do Estado possam estar em causa, passando também pelo pagamento aos funcionários.
O desespero não impede, porém, o burburinho sobre as grandes obras públicas. A resiliência do ministro das Obras Públicas sobre este assunto é verdadeiramente assustadora. Para este ministro e para o primeiro-ministro, o país não vive uma das suas piores crises dos últimos trinta anos. Parece que é tudo fruto da nossa imaginação.
O paradoxo é assolador: por um lado, assistimos a um comportamento do Governo que só pode ser consequência do desespero, dando a impressão que o dinheiro rareia e que, consequentemente, antecipam-se as medidas; e por outro, o primeiro-ministro e o ministro das Obras Públicas insistem em assumir compromissos que terão elevados custos para as gerações actuais e para as vindouras e cuja necessidade de financiamento não poderá ser satisfeita como era no passado. A mescla de desespero e de irrealismo é o resultado de um Executivo que vai sobrevivendo graças ao comportamento da oposição, em particular o PSD, que na verdade não quer assumir os comandos de um país perto da falência; prefere deixar o Governo tomar as decisões difíceis que tem que tomar, e logo se verá. A isto chama-se sentido de Estado.
A verdade é que estas trapalhadas, contradições e desesperos são o resultado de um Governo que, desde o primeiro, dia mostrou toda a sua inépcia e cuja responsabilidade pelo o estado em que o país se encontra é inquestionável.
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