Parece que não é só o país, nem é só a Europa que atravessam uma crise, o primeiro-ministro português passa também pela sua crise de realismo a raiar a patologia. José Sócrates mostrou novamente na entrevista pífia que deu na RTP1 que não tem noção da crise que assola o país, deu provas disso mesmo quando falou nos grandes investimentos públicos ou no seu adiamento para daqui a alguns meses.
A recusa do primeiro-ministro em aceitar que as dificuldades que o país atravessa – em larga medida consequência da sua inépcia governativa – é simplesmente assustadora. Nós já assistimos a situações semelhantes, designadamente quando a crise eclodiu em finais de 2008 e José Sócrates e o seu governo só admitiram estar a viver em crise e tomar as devidas medidas largos meses depois, e mesmo aí as medidas tomadas foram incipientes.
De um modo geral, as medidas de austeridade que o Governo impõe são consequência de uma crise que pode ser vista em dois planos: no plano europeu, designadamente com a incapacidade da Europa agir rapidamente aos ataques especulativos contra a zona euro através das suas economias mais frágeis; e no plano interno, através de um ano passado a gastar muito (aumento da despesa) e a receber pouco (diminuição das receitas). A flexibilidade da Eurolândia relativamente ao défice dos países resultou num aumento do défice de muitos países. No caso português, passou-se de menos de três por cento para mais de nove; a isto acresce o aumento insustentável do endividamento. Quanto a isto, há responsabilidades que a sobranceria do primeiro-ministro impede que este assuma as suas responsabilidades incomensuráveis. Importa não esquecer que os problemas estruturais da economia portuguesa não foram atenuados dificultando o crescimento da economia.
Mais grave é não reconhecer que as dificuldades que o país atravessa inviabilizam a construção de grandes obras públicas. No cômputo geral, temos um Governo arrogante e alheio à realidade, uma oposição que em nome da responsabilidade vai viabilizando as asneiras do Governo, um Presidente preocupado com a reeleição e um povo que tem o que merece.
A recusa do primeiro-ministro em aceitar que as dificuldades que o país atravessa – em larga medida consequência da sua inépcia governativa – é simplesmente assustadora. Nós já assistimos a situações semelhantes, designadamente quando a crise eclodiu em finais de 2008 e José Sócrates e o seu governo só admitiram estar a viver em crise e tomar as devidas medidas largos meses depois, e mesmo aí as medidas tomadas foram incipientes.
De um modo geral, as medidas de austeridade que o Governo impõe são consequência de uma crise que pode ser vista em dois planos: no plano europeu, designadamente com a incapacidade da Europa agir rapidamente aos ataques especulativos contra a zona euro através das suas economias mais frágeis; e no plano interno, através de um ano passado a gastar muito (aumento da despesa) e a receber pouco (diminuição das receitas). A flexibilidade da Eurolândia relativamente ao défice dos países resultou num aumento do défice de muitos países. No caso português, passou-se de menos de três por cento para mais de nove; a isto acresce o aumento insustentável do endividamento. Quanto a isto, há responsabilidades que a sobranceria do primeiro-ministro impede que este assuma as suas responsabilidades incomensuráveis. Importa não esquecer que os problemas estruturais da economia portuguesa não foram atenuados dificultando o crescimento da economia.
Mais grave é não reconhecer que as dificuldades que o país atravessa inviabilizam a construção de grandes obras públicas. No cômputo geral, temos um Governo arrogante e alheio à realidade, uma oposição que em nome da responsabilidade vai viabilizando as asneiras do Governo, um Presidente preocupado com a reeleição e um povo que tem o que merece.
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