Os mercados exercem pressão, a Alemanha impõe as suas regras, os cidadãos, em particular Espanhóis e Portugueses, resignam-se às políticas draconianas que se vão traduzir num acentuado retrocesso do bem-estar social. Os Gregos lutam pelos seus direitos, luta que parece degenerar em violência.
Sendo certo que a culpa da situação é, em larga medida, dos responsáveis políticos que foram irresponsáveis, não é menos verdade que a zona euro – sob a preponderância da Alemanha – mostrou que os interesses políticos internos se sobrepõem aos interesses colectivos.
Os cidadãos europeus mostram também que são muito pouco europeus; somos Portugueses, Alemães, Franceses, e é tudo. O espírito de solidariedade pura e simplesmente não existe e muitos cidadãos europeus esquecem rapidamente do seu passado e preferem ignorar o futuro, ou pelo menos o futuro da zona euro. A ideia de que a Grécia, a Espanha e Portugal têm que pagar pelos seus erros, pondo em causa a estabilidade de toda a eurolândia, mostra também a ausência de visão das lideranças de alguns países europeus e a incapacidade de tomada de decisão das lideranças europeias.
Pelo caminho apela-se aos cidadãos, em particular, aos que vivem nos países que estão a ser atacados pela especulação para aceitarem as medidas draconianas de austeridade. Pede-se que aceitem, como forma de expugnar os seus erros, reduções de salários, de subsídios; pede-se que aceitem o aumento do desemprego e da precariedade; pede-se que aceitem o retrocesso do bem-estar social. Também aqui há uma Europa a duas velocidades: os que recuperam da crise e que se recusam em ajudar os que ficam para trás e os que foram apanhados pela crise e pela irresponsabilidade dos seus governantes a quem se pede um vasto rol de sacrifícios; os que vivem no sul da Europa e que estão sob ataque dos mercados e da especulação e o que vivem mais a norte e que, embora tenham défices excessivos, endividamento alto e instabilidade política, mantém-se longe dos ataques dos tais mercados e especuladores.
Infelizmente, a Europa mostra novamente as suas fragilidades. Os cidadãos, esses, não fogem ao egoísmo e à mesquinhez que caracteriza as suas lideranças políticas. Aos outros – os que estão em situação difícil – impõe-se o tal vasto rol de medidas de austeridade. A Alemanha sai muito mal da fotografia: exigiu a participação do FMI nas ajudas à Grécia, mostrou que está disposta a ajudar aqueles que foram responsáveis pela crise no sector financeiro, e com isto deu um sinal inequívoco ao mundo: a Europa, sob os seus ditames ou não, é uma verdadeira anedota.
Sendo certo que a culpa da situação é, em larga medida, dos responsáveis políticos que foram irresponsáveis, não é menos verdade que a zona euro – sob a preponderância da Alemanha – mostrou que os interesses políticos internos se sobrepõem aos interesses colectivos.
Os cidadãos europeus mostram também que são muito pouco europeus; somos Portugueses, Alemães, Franceses, e é tudo. O espírito de solidariedade pura e simplesmente não existe e muitos cidadãos europeus esquecem rapidamente do seu passado e preferem ignorar o futuro, ou pelo menos o futuro da zona euro. A ideia de que a Grécia, a Espanha e Portugal têm que pagar pelos seus erros, pondo em causa a estabilidade de toda a eurolândia, mostra também a ausência de visão das lideranças de alguns países europeus e a incapacidade de tomada de decisão das lideranças europeias.
Pelo caminho apela-se aos cidadãos, em particular, aos que vivem nos países que estão a ser atacados pela especulação para aceitarem as medidas draconianas de austeridade. Pede-se que aceitem, como forma de expugnar os seus erros, reduções de salários, de subsídios; pede-se que aceitem o aumento do desemprego e da precariedade; pede-se que aceitem o retrocesso do bem-estar social. Também aqui há uma Europa a duas velocidades: os que recuperam da crise e que se recusam em ajudar os que ficam para trás e os que foram apanhados pela crise e pela irresponsabilidade dos seus governantes a quem se pede um vasto rol de sacrifícios; os que vivem no sul da Europa e que estão sob ataque dos mercados e da especulação e o que vivem mais a norte e que, embora tenham défices excessivos, endividamento alto e instabilidade política, mantém-se longe dos ataques dos tais mercados e especuladores.
Infelizmente, a Europa mostra novamente as suas fragilidades. Os cidadãos, esses, não fogem ao egoísmo e à mesquinhez que caracteriza as suas lideranças políticas. Aos outros – os que estão em situação difícil – impõe-se o tal vasto rol de medidas de austeridade. A Alemanha sai muito mal da fotografia: exigiu a participação do FMI nas ajudas à Grécia, mostrou que está disposta a ajudar aqueles que foram responsáveis pela crise no sector financeiro, e com isto deu um sinal inequívoco ao mundo: a Europa, sob os seus ditames ou não, é uma verdadeira anedota.
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