Um pouco por toda a Europa questiona-se a viabilidade do modelo social europeu – uma das pedras basilares da construção europeia e, de um modo mais geral, uma das razões que mais contribui para a coesão e para a paz sociais. Nos últimos anos essa viabilidade tem sido posta em causa, ainda mais agora com as dificuldades que assolam a generalidade dos Estados-membros.
Em Portugal, começa-se, ainda que invariavelmente de modo sub-reptício, a questionar o Estado social. Dizem-nos que não é possível viver como vivemos no passado e, por conseguinte, teremos que mudar de vida. Dizem-nos que essa mudança de vida constitui uma inevitabilidade. A referida mudança implica um retrocesso também no Estado social – uma das grandes conquistas do século passado.
A lógica é clara: a manutenção do Estado social traduz-se na manutenção de impostos. Infelizmente, prefere-se fazer um ataque ao Estado social com o objectivo de resolver os problemas do país – os cortes anunciados pelo Governo terão impactos significativos na Saúde, por exemplo – ou reduzir a carga fiscal, e não combater o real despesismo do Estado, muitas vezes associado a uma burocracia patológica.
De resto, é muito provável que os cidadãos acusem a esquerda – e com razão – de responsabilidades no actual estado do país e que se voltem para partidos que, de forma mais ou menos subliminar, façam a apologia do aniquilamento paulatino do Estado social. Chegará o dia em que nos vão dizer que o país está na falência e que por isso é necessário abdicar de parte do Estado social. Nesse dia, dar-se-á início a um processo sem retorno possível.
Em Portugal, começa-se, ainda que invariavelmente de modo sub-reptício, a questionar o Estado social. Dizem-nos que não é possível viver como vivemos no passado e, por conseguinte, teremos que mudar de vida. Dizem-nos que essa mudança de vida constitui uma inevitabilidade. A referida mudança implica um retrocesso também no Estado social – uma das grandes conquistas do século passado.
A lógica é clara: a manutenção do Estado social traduz-se na manutenção de impostos. Infelizmente, prefere-se fazer um ataque ao Estado social com o objectivo de resolver os problemas do país – os cortes anunciados pelo Governo terão impactos significativos na Saúde, por exemplo – ou reduzir a carga fiscal, e não combater o real despesismo do Estado, muitas vezes associado a uma burocracia patológica.
De resto, é muito provável que os cidadãos acusem a esquerda – e com razão – de responsabilidades no actual estado do país e que se voltem para partidos que, de forma mais ou menos subliminar, façam a apologia do aniquilamento paulatino do Estado social. Chegará o dia em que nos vão dizer que o país está na falência e que por isso é necessário abdicar de parte do Estado social. Nesse dia, dar-se-á início a um processo sem retorno possível.
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