Segundo uma notícia veiculada pela comunicação social, o Estado recorre cada vez mais ao trabalho temporário. A razão é simples: substitui-se o excesso de recibos verdes e de falsos recibos verdes que proliferavam no Estado pelo trabalho temporário. Quem perde é o Estado e o trabalhador; perde o trabalhador porque amiúde o trabalho que executa não é de natureza temporária, a única coisa temporária é a sua permanência naquele posto de trabalho; perde o Estado ao gastar dinheiro em empresas que vêem no Estado uma verdadeira mina de ouro, não é, pois, de admirar a profusão de empresas do trabalho temporário.
É difícil encontrar lógica nesta gestão dos recursos humanos. Aposta-se na precariedade, ainda para mais uma precariedade que sai cara ao Estado, para colmatar as inúmeras necessidades da Administração Pública. A esta realidade que afecta sobretudo os jovens junta-se outra: uma panóplia ridícula de hierarquias atrás de hierarquias, de confianças políticas e de partidarização da Administração Pública. Esta sim deveria ser uma batalha de qualquer governo, mas o interesse nesta matéria como noutras revela-se de outra natureza que não o servir o país.
Neste contexto de uma gestão que serve o interesse de uma minoria ligada ao partido do poder, as empresas de trabalho temporário encontram aqui uma forma de ganhar muito dinheiro. Seria profícuo verificar quem tem, no seio dos partidos políticos, relações com estas empresas, para além do inefável Provedor do Trabalho Temporário.
O negócio é mesmo da China, e a analogia não é despropositada tendo em conta o caminho que a Europa está a levar em matéria de direitos sociais, designadamente através das chamadas flexibilizações, apelidadas de inevitáveis e inserida num contexto de pseudo-modernismo. Portugal não é excepção e há quem não se coíba de pedir ainda mais flexibilidade como forma de combater a pouca produtividade, imperando os velhos equívocos do costume. Esquecem-se estes senhores que os limites dos cidadãos podem muito bem estar a ser subestimados.
É difícil encontrar lógica nesta gestão dos recursos humanos. Aposta-se na precariedade, ainda para mais uma precariedade que sai cara ao Estado, para colmatar as inúmeras necessidades da Administração Pública. A esta realidade que afecta sobretudo os jovens junta-se outra: uma panóplia ridícula de hierarquias atrás de hierarquias, de confianças políticas e de partidarização da Administração Pública. Esta sim deveria ser uma batalha de qualquer governo, mas o interesse nesta matéria como noutras revela-se de outra natureza que não o servir o país.
Neste contexto de uma gestão que serve o interesse de uma minoria ligada ao partido do poder, as empresas de trabalho temporário encontram aqui uma forma de ganhar muito dinheiro. Seria profícuo verificar quem tem, no seio dos partidos políticos, relações com estas empresas, para além do inefável Provedor do Trabalho Temporário.
O negócio é mesmo da China, e a analogia não é despropositada tendo em conta o caminho que a Europa está a levar em matéria de direitos sociais, designadamente através das chamadas flexibilizações, apelidadas de inevitáveis e inserida num contexto de pseudo-modernismo. Portugal não é excepção e há quem não se coíba de pedir ainda mais flexibilidade como forma de combater a pouca produtividade, imperando os velhos equívocos do costume. Esquecem-se estes senhores que os limites dos cidadãos podem muito bem estar a ser subestimados.
Comentários