Na Europa discute-se o comportamento inadmissível da Grécia e dos seus sucessores, Portugal incluído. Fala-se muito em austeridade e nada em solidariedade. A especulação volta a ganhar terreno e pouco ou nada se aprendeu com a crise que começou no sector financeiro.
Apesar deste contexto, a social-democracia conhece um acentuado retrocesso na Europa, em particular em Portugal que também não escapa aos ditames do liberalismo. A social-democracia que pugna pela manutenção dos princípios basilares do Estado providência, garantindo aos cidadãos serviços públicos com qualidade e protecção social, vive uma crise indiscutível.
Fala-se com insistência em redução da despesa pública, sempre à custa do sacrifício de serviços públicos. No caso português não se muda o que está errado com um Estado que cada vez serve menos os cidadãos; que se afunda em despesas que nada têm que ver com o bem-estar dos cidadãos; um Estado que alimenta uma casta superior – através de negócios e de lugares públicos apetecíveis – que orbita em seu torno e que atira umas migalhas para os restantes cidadãos
A social-democracia não se coaduna com modelos de desenvolvimento económicos que degeneram em mais pobreza, e que, paradoxalmente, deixam a ausência de ética e a ganância tomar conta do mundo. A social-democracia deve assentar em três pilares: eficácia económica, bem-estar social e garantia de liberdades fundamentais do Estado democrático. Com a prevalência de modelos inspirados no liberalismo económico, que estiveram na origem da crise, conseguem produzir uma falsa eficácia económica tal como a crise internacional o demonstrou; os actuais modelos deixam muito a desejar no que diz respeito ao bem-estar social dos cidadãos, bem-estar esse que tem conhecido um acentuado retrocesso, o que põe em causa a coesão social essencial para o Estado democrático.
Infelizmente, os cidadãos, esses, parecem adormecidos – na Europa, uma Alemanha esquecida do seu passado conturbado ignora os princípios que norteiam a construção europeia: os princípios da solidariedade. Aos cidadãos é-lhes dito que não faz mal apontar o dedo à Grécia porque eles se portaram mal. É esta visão egocêntrica que não é concomitante com a social-democracia nem com os princípios e valores europeus.
Apesar deste contexto, a social-democracia conhece um acentuado retrocesso na Europa, em particular em Portugal que também não escapa aos ditames do liberalismo. A social-democracia que pugna pela manutenção dos princípios basilares do Estado providência, garantindo aos cidadãos serviços públicos com qualidade e protecção social, vive uma crise indiscutível.
Fala-se com insistência em redução da despesa pública, sempre à custa do sacrifício de serviços públicos. No caso português não se muda o que está errado com um Estado que cada vez serve menos os cidadãos; que se afunda em despesas que nada têm que ver com o bem-estar dos cidadãos; um Estado que alimenta uma casta superior – através de negócios e de lugares públicos apetecíveis – que orbita em seu torno e que atira umas migalhas para os restantes cidadãos
A social-democracia não se coaduna com modelos de desenvolvimento económicos que degeneram em mais pobreza, e que, paradoxalmente, deixam a ausência de ética e a ganância tomar conta do mundo. A social-democracia deve assentar em três pilares: eficácia económica, bem-estar social e garantia de liberdades fundamentais do Estado democrático. Com a prevalência de modelos inspirados no liberalismo económico, que estiveram na origem da crise, conseguem produzir uma falsa eficácia económica tal como a crise internacional o demonstrou; os actuais modelos deixam muito a desejar no que diz respeito ao bem-estar social dos cidadãos, bem-estar esse que tem conhecido um acentuado retrocesso, o que põe em causa a coesão social essencial para o Estado democrático.
Infelizmente, os cidadãos, esses, parecem adormecidos – na Europa, uma Alemanha esquecida do seu passado conturbado ignora os princípios que norteiam a construção europeia: os princípios da solidariedade. Aos cidadãos é-lhes dito que não faz mal apontar o dedo à Grécia porque eles se portaram mal. É esta visão egocêntrica que não é concomitante com a social-democracia nem com os princípios e valores europeus.
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