O número dois do Vaticano tenta atabalhoadamente justificar os crimes cometidos por membros da sua Igreja com a proliferação da homossexualidade, descartando assim o celibato como estando hipoteticamente subjacente ao comportamento hediondo de certos membros da Igreja. Este Sr. Cardeal alega mesmo possuir uma panóplia de estudos que apontam para a relação entre homossexualidade e pedofilia. Seria interessante que agora o Cardeal em questão demonstrasse inequivocamente que a pedofilia estará relacionada com a homossexualidade. Pelo caminho abandona-se o dificil assunto da relação entre Igreja e sexo que tantas alergias provocam nos membros da Igreja. A culpa será então de alguns homossexuais.
A forma com a Igreja tem lidado com este assunto tem sido quase caricata. Depois das inúmeras suspeitas de encobrimento de escândalos que mostram a perfídia de altos membros da Igreja, depois de comparações obtusas com o anti-semitismo, vem agora a história da homossexualidade. Nunca os mais proeminentes membros da Igreja demonstraram que as prioridades seriam as vítimas e a punição dos criminosos.
Agora, a Igreja dá novos sinais de não perceber que o seu comportamento, a começar no próprio Papa, não se coaduna com a mensagem de Cristo. Nem tão-pouco percebe que poucos serão aqueles que vão comprar esta ideia descabida, exceptuando aqueles que vivem cegos pelo preconceito, pelo fundamentalismo e pela obtusidade.
Se esta tese da homossexualidade não conseguir colher muitos adeptos, o que é que se seguirá? Que causas estarão subjacentes aos abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja? A alimentação, a poluição, o aquecimento global? Venha o próximo bode expiatório que nos permita perdoar e esquecer (em particular as vítimas) e, já agora, alimentar alguns preconceitos.
A forma com a Igreja tem lidado com este assunto tem sido quase caricata. Depois das inúmeras suspeitas de encobrimento de escândalos que mostram a perfídia de altos membros da Igreja, depois de comparações obtusas com o anti-semitismo, vem agora a história da homossexualidade. Nunca os mais proeminentes membros da Igreja demonstraram que as prioridades seriam as vítimas e a punição dos criminosos.
Agora, a Igreja dá novos sinais de não perceber que o seu comportamento, a começar no próprio Papa, não se coaduna com a mensagem de Cristo. Nem tão-pouco percebe que poucos serão aqueles que vão comprar esta ideia descabida, exceptuando aqueles que vivem cegos pelo preconceito, pelo fundamentalismo e pela obtusidade.
Se esta tese da homossexualidade não conseguir colher muitos adeptos, o que é que se seguirá? Que causas estarão subjacentes aos abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja? A alimentação, a poluição, o aquecimento global? Venha o próximo bode expiatório que nos permita perdoar e esquecer (em particular as vítimas) e, já agora, alimentar alguns preconceitos.
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