As notícias que vêm da Madeira e que mostram os tiques autoritários e pouco democráticos do Presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, são novamente preocupantes. A recusa em levar a cabo um inquérito à liberdade expressão, recusa essa do PSD/Madeira, é mais um sinal da difícil convivência do PSD/Madeira com as liberdades fundamentais. Vem tudo isto a propósito de um inquérito realizado a jornalistas da região e que revela o desconforto cada vez menos latente de uma classe profissional que tem sido muito mal tratada.
O problema não se esgota nas tentativas de limitar ou manipular a comunicação social, o problema também é o silêncio ensurdecedor de quem tem responsabilidades políticas no continente. Não há um comentário sobre esta situação por parte do PSD e a ex-líder do partido não se coibiu de olhar para o regime de Alberto João Jardim e compará-lo a uma democracia, usando mesmo o termo "exemplo". A nova direcção do PSD parece menos interessada em se comprometer com o líder da Madeira, mas isso só o tempo o dirá.
Quanto aos cidadãos, percebe-se que a questão das liberdades fundamentais não é tópico que exalte ânimos. Está enraizada a ideia de que os políticos têm legitimidade para controlar a comunicação social - faz parte do jogo político. Além disso, muitos de nós desvalorizam a importância das liberdades, premissas essenciais do regime democrático. Ainda há muitos de nós que não rejeitam o autoritarismo, já para não falar daqueles que anseiam pelo regresso à rigidez, ao "respeitinho", enfim, a outros tempos.
Consequentemente, as notícias que vêm da Madeira a par de outras que têm lugar bem mais perto de nós não chocam ninguém, nem tão pouco o desconforto dos jornalistas naquela região colhe qualquer princípio de solidariedade e compreensão. Nestas circunstâncias, não é causa de admiração que proliferem políticos que exercem várias formas de controlo, atropelando direitos fundamentais. O que interessa, amiúde, continua a ser a obra feita.
O problema não se esgota nas tentativas de limitar ou manipular a comunicação social, o problema também é o silêncio ensurdecedor de quem tem responsabilidades políticas no continente. Não há um comentário sobre esta situação por parte do PSD e a ex-líder do partido não se coibiu de olhar para o regime de Alberto João Jardim e compará-lo a uma democracia, usando mesmo o termo "exemplo". A nova direcção do PSD parece menos interessada em se comprometer com o líder da Madeira, mas isso só o tempo o dirá.
Quanto aos cidadãos, percebe-se que a questão das liberdades fundamentais não é tópico que exalte ânimos. Está enraizada a ideia de que os políticos têm legitimidade para controlar a comunicação social - faz parte do jogo político. Além disso, muitos de nós desvalorizam a importância das liberdades, premissas essenciais do regime democrático. Ainda há muitos de nós que não rejeitam o autoritarismo, já para não falar daqueles que anseiam pelo regresso à rigidez, ao "respeitinho", enfim, a outros tempos.
Consequentemente, as notícias que vêm da Madeira a par de outras que têm lugar bem mais perto de nós não chocam ninguém, nem tão pouco o desconforto dos jornalistas naquela região colhe qualquer princípio de solidariedade e compreensão. Nestas circunstâncias, não é causa de admiração que proliferem políticos que exercem várias formas de controlo, atropelando direitos fundamentais. O que interessa, amiúde, continua a ser a obra feita.
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