Existe uma verdade insofismável sobre a escola e que é invariavelmente corroborada por professores: a escola vê-se confrontada com problemas de indisciplina e com realidades novas ao mesmo tempo que a autoridade dos professores passou a ser vista como indesejável por parte de quem, em gabinetes, diz pensar a escola. Paralelamente, surgem casos que sugerem que a violência que é exercida sobre alunos e professores será a razão de casos de suicídio. Depois do aluno que presumivelmente se terá suicidado na sequência de maus-tratos por parte de colegas - o chamado bullying - agora surge outra notícia que relaciona os maus-tratos de que um professor em Sintra era alvo com o suicídio do mesmo.
Desde logo, importa não tirar conclusões precipitadas sobre estes dois casos, nem tão-pouco, como parece que está a acontecer, encetar mudanças ao sabor dos acontecimentos ou das conjecturas. Em primeiro lugar é determinante que se apurem as circunstâncias que terão levado as pessoas em questão a cometer um acto tão drástico e apurar, se as escolas poderiam ter feito mais no sentido de mitigar os efeitos dos alegados maus-tratos.
Tudo isto não invalida o facto da violência sobre professores e alunos ser uma realidade em muitas escolas do país. Aliás, este problema não é novo. A indisciplina é frequente e os professores e as próprias escolas têm manifestas dificuldades em lidar com fenómenos que para além de comprometerem a qualidade de ensino, deturpam o que a escola deverá ser e, condicionam, por vezes de forma dramática, a vida de quem tem de lidar diariamente com essa realidade.
Durante os últimos anos vingou um conceito de escola assente num pretenso igualitarismo associado à ânsia desmesurada deste Governo de conseguir melhorar os números do insucesso escolar e dos resultados de exames. As consequências estão à vista de todos: a autoridade perdeu-se, hoje o que importa é que sejam todos iguais , numa espécie de nivelamento por baixo, e não que tenham todos as mesmas oportunidades - o que é bem diferente. Por outro lado, a escola passou da fase em que ignorava o aluno para a fase em que se centra, exacerbadamente, no aluno. A isto acrescem as difíceis realidades sócio-económicas de muitos alunos e o resultado acaba por ser, no mínimo, preocupante.
Pelo caminho, a discussão sobre a qualidade de ensino em Portugal perdeu-se. Esta é uma discussão que não interessa a quem governa em função de números conseguidos através da imposição de um facilitismo tido como normal.
Reitero a importância de se perceber as circunstâncias em que estes casos aconteceram e não sucumbir a conjecturas. Mas há realidades que são conhecidas por parte de quem trabalha nas escolas e que conhece de perto a indisciplina, a violência e não raras vezes o desespero. Uma nota final para sublinhar que a ausência de responsabilidade é, também por culpa de uma cultura que é promovida por este Executivo, indissociável da violência e da indisciplina nas escolas. A responsabilidade dos pais é, amiúde, olhada com displicência. Enquanto isto, a ministra da Educação pede serenidade.
Desde logo, importa não tirar conclusões precipitadas sobre estes dois casos, nem tão-pouco, como parece que está a acontecer, encetar mudanças ao sabor dos acontecimentos ou das conjecturas. Em primeiro lugar é determinante que se apurem as circunstâncias que terão levado as pessoas em questão a cometer um acto tão drástico e apurar, se as escolas poderiam ter feito mais no sentido de mitigar os efeitos dos alegados maus-tratos.
Tudo isto não invalida o facto da violência sobre professores e alunos ser uma realidade em muitas escolas do país. Aliás, este problema não é novo. A indisciplina é frequente e os professores e as próprias escolas têm manifestas dificuldades em lidar com fenómenos que para além de comprometerem a qualidade de ensino, deturpam o que a escola deverá ser e, condicionam, por vezes de forma dramática, a vida de quem tem de lidar diariamente com essa realidade.
Durante os últimos anos vingou um conceito de escola assente num pretenso igualitarismo associado à ânsia desmesurada deste Governo de conseguir melhorar os números do insucesso escolar e dos resultados de exames. As consequências estão à vista de todos: a autoridade perdeu-se, hoje o que importa é que sejam todos iguais , numa espécie de nivelamento por baixo, e não que tenham todos as mesmas oportunidades - o que é bem diferente. Por outro lado, a escola passou da fase em que ignorava o aluno para a fase em que se centra, exacerbadamente, no aluno. A isto acrescem as difíceis realidades sócio-económicas de muitos alunos e o resultado acaba por ser, no mínimo, preocupante.
Pelo caminho, a discussão sobre a qualidade de ensino em Portugal perdeu-se. Esta é uma discussão que não interessa a quem governa em função de números conseguidos através da imposição de um facilitismo tido como normal.
Reitero a importância de se perceber as circunstâncias em que estes casos aconteceram e não sucumbir a conjecturas. Mas há realidades que são conhecidas por parte de quem trabalha nas escolas e que conhece de perto a indisciplina, a violência e não raras vezes o desespero. Uma nota final para sublinhar que a ausência de responsabilidade é, também por culpa de uma cultura que é promovida por este Executivo, indissociável da violência e da indisciplina nas escolas. A responsabilidade dos pais é, amiúde, olhada com displicência. Enquanto isto, a ministra da Educação pede serenidade.
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