Segundo notícia no jornal Público, não registamos melhorias na diminuição da diferença entre ricos e pobres, ou dito de outro modo, o fosso entre ricos e pobres continua a ser muito significativo, sendo mesmo que a diferença entre quem tem muito e quem tem pouco ou quase nada é das mais altas da Europa. Segundo este jornal, regista-se que os pobres não estão necessariamente mais pobres, mas os ricos estão mais ricos. Portugal é assim campeão das desigualdades.
É claro que os efeitos da globalização, no que diz respeito à aplicação de políticas económicas mais liberais acaba por ser indissociável destas desigualdades. Mas é difícil explicar como é que outros países conseguem combater as desigualdades e Portugal, nesta matéria como em muitas outras, encontra-se ao lado de países como a Bulgária. Ou talvez até se consiga perceber olhando com mais atenção para o modelo económico e social seguido ao longo das últimas duas décadas, com especial ênfase nos últimos anos.
Segundo o economista ouvido pelo Público, Farinha Rodrigues, os salários médios em Portugal são muito baixos, enquanto que os salários dos quadros de topo são amiúde determinados pelos mercados externos. Ora, é indubitável que o país tem um problema sério de salários baixos, com a agravante de não se vislumbrar quaisquer melhorias a este nível nos próximos tempos. Produz-se mal, quer do ponto de vista quantitativo, como qualitativo. O investimento é escasso, o país não apresenta condições para que haja investimento, designadamente com a ineficácia da justiça, com a qualificação dos recursos humanos, com um Estado omnipotente e omnipresente - situação pouco característica na União Europeia - e, evidentemente, um país em constante turbulência, com contas públicas pouco fiáveis e havendo a sempre presente ameaça de aumentos de impostos.
O modelo seguido com acuidade por este governo empobrece o país e está a levá-lo para um beco sem qualquer saída. Haverá mesmo quem ainda se espante com a elevada desigualdade que se verifica no nosso país? Um país que não cria oportunidades, limita-se a remendar os problemas enquanto houver recursos. De resto, os problemas não são resolvidos, cria-se a sensação de uma falsa segurança nas pessoas, liquida-se a capacidade individual de cada um lutar contra as adversidades, e tenta-se escamotear tudo isto com computadores e obras megalómanas criando a ideia de que este é, de facto, um país moderno.
O país é desigual, o que, apesar do tempo para se fazer melhor, continua a ser um realidade indesmentível. Por outro lado, a lógica dos baixos salários é, claro está, conveniente a muitos.
É claro que os efeitos da globalização, no que diz respeito à aplicação de políticas económicas mais liberais acaba por ser indissociável destas desigualdades. Mas é difícil explicar como é que outros países conseguem combater as desigualdades e Portugal, nesta matéria como em muitas outras, encontra-se ao lado de países como a Bulgária. Ou talvez até se consiga perceber olhando com mais atenção para o modelo económico e social seguido ao longo das últimas duas décadas, com especial ênfase nos últimos anos.
Segundo o economista ouvido pelo Público, Farinha Rodrigues, os salários médios em Portugal são muito baixos, enquanto que os salários dos quadros de topo são amiúde determinados pelos mercados externos. Ora, é indubitável que o país tem um problema sério de salários baixos, com a agravante de não se vislumbrar quaisquer melhorias a este nível nos próximos tempos. Produz-se mal, quer do ponto de vista quantitativo, como qualitativo. O investimento é escasso, o país não apresenta condições para que haja investimento, designadamente com a ineficácia da justiça, com a qualificação dos recursos humanos, com um Estado omnipotente e omnipresente - situação pouco característica na União Europeia - e, evidentemente, um país em constante turbulência, com contas públicas pouco fiáveis e havendo a sempre presente ameaça de aumentos de impostos.
O modelo seguido com acuidade por este governo empobrece o país e está a levá-lo para um beco sem qualquer saída. Haverá mesmo quem ainda se espante com a elevada desigualdade que se verifica no nosso país? Um país que não cria oportunidades, limita-se a remendar os problemas enquanto houver recursos. De resto, os problemas não são resolvidos, cria-se a sensação de uma falsa segurança nas pessoas, liquida-se a capacidade individual de cada um lutar contra as adversidades, e tenta-se escamotear tudo isto com computadores e obras megalómanas criando a ideia de que este é, de facto, um país moderno.
O país é desigual, o que, apesar do tempo para se fazer melhor, continua a ser um realidade indesmentível. Por outro lado, a lógica dos baixos salários é, claro está, conveniente a muitos.
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