A entrevista do Presidente da República, ontem da RTP, marca claramente o princípio da campanha eleitoral, com vista à reeleição para a Presidência da República, pese embora Cavaco Silva ainda não tenha assumido sequer que é candidato a Presidente da República. Cavaco Silva sabe que a sua Presidência saiu fragilizada nos últimos meses, em particular antes das eleições legislativas e que agora começa a ser hora de arrepiar caminho.
Cavaco Silva não se quis comprometer com a situação de grave instabilidade que o país vive, do ponto de vista político, com o envolvimento e desgaste do primeiro-ministro. Cavaco Silva não fez mais do que sacudir a água do capote ao insistir na questão da moção de censura. Em síntese, o que Presidente assumiu é que não vê razões substanciais para intervir institucionalmente no actual quadro político, através da dissolução da Assembleia da República, e se existem razões que possam justificar a queda do Governo, a Assembleia da República tem poderes para o fazer.
Paralelamente, o Presidente da República acabou por fazer uma crítica velada ao envolvimento do Governo no negócio da PT, ao afirmar que não acredita no desconhecimento do Governo relativamente a esse negócio. Não acredita o Presidente nem a esmagadora maioria dos cidadãos.
Quanto à candidatura propriamente dita, as circunstâncias são muito diferentes daquelas de há quatro anos. O país atravessa uma crise política e uma crise económica e, embora o Presidente da República da República tenha uma capacidade de intervenção constitucionalmente limitada, há muitos cidadãos que consideram a sua Presidência como sendo demasiado branda. Para muitos começa a ser difícil justificar a "cooperação estratégica". E, com efeito, começa a ser difícil aceitar essa "cooperação" quando se olha para um país de rastos - com uma inequívoca crise económica, política e uma crescente crise na própria Justiça.
Cavaco Silva não se quis comprometer com a situação de grave instabilidade que o país vive, do ponto de vista político, com o envolvimento e desgaste do primeiro-ministro. Cavaco Silva não fez mais do que sacudir a água do capote ao insistir na questão da moção de censura. Em síntese, o que Presidente assumiu é que não vê razões substanciais para intervir institucionalmente no actual quadro político, através da dissolução da Assembleia da República, e se existem razões que possam justificar a queda do Governo, a Assembleia da República tem poderes para o fazer.
Paralelamente, o Presidente da República acabou por fazer uma crítica velada ao envolvimento do Governo no negócio da PT, ao afirmar que não acredita no desconhecimento do Governo relativamente a esse negócio. Não acredita o Presidente nem a esmagadora maioria dos cidadãos.
Quanto à candidatura propriamente dita, as circunstâncias são muito diferentes daquelas de há quatro anos. O país atravessa uma crise política e uma crise económica e, embora o Presidente da República da República tenha uma capacidade de intervenção constitucionalmente limitada, há muitos cidadãos que consideram a sua Presidência como sendo demasiado branda. Para muitos começa a ser difícil justificar a "cooperação estratégica". E, com efeito, começa a ser difícil aceitar essa "cooperação" quando se olha para um país de rastos - com uma inequívoca crise económica, política e uma crescente crise na própria Justiça.
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