A proposta de pôr o Estado a pagar juros de mora quando se atrasar nos pagamentos é um sinal positivo que se espera que se concretize. Parece haver consenso sobre a necessidade de uma maior responsabilização e exigência por parte do Estado, embora, em rigor, o CDS-PP sempre tenha sido o partido mais activo nesta matéria.
Um dos problemas da nossa economia é precisamente a cultura de desresponsabilização que é transversal a Estado e a sector privado - demora-se demasiado tempo para pagar, quando se paga. Estas ausências e demoras nos pagamentos criam uma espécie de bola de neve que degenera na falta de liquidez que, por sua vez, tem vindo a ser agravada pelas reduções na concessão de crédito.
Todavia, e como é habitual por estas paragens, vai ser preciso ver para crer. Afinal de contas, estamos a viver a era da propaganda repleta de propostas e alterações promissoras que raras vezes se materializam em resultados. Mas esta era da propaganda foi largamente aprofundada pela acção do actual primeiro-ministro, e hoje quase nada parece o que é. A imagem e as agências de comunicação têm vindo a substituir a importância das ideias e da discussão das mesmas - importa, como tem sido evidente nos últimos anos, a forma e não a substância, e o vazio é disfarçado pelo tratamento da imagem e pelo recurso à propaganda. Por conseguinte, é ver para crer.
De qualquer modo, regista-se com satisfação a proposta de pôr o Estado a pagar pelos seus atrasos. Com isso está-se a combater a crise e, talvez mais importante, está-se a contribuir para inverter a tendência para pagar tardiamente ou nem sequer pagar - contrariando aquilo que podemos mesmo considerar como um aspecto cultural profundamente enraizado nas mentalidades.
Um dos problemas da nossa economia é precisamente a cultura de desresponsabilização que é transversal a Estado e a sector privado - demora-se demasiado tempo para pagar, quando se paga. Estas ausências e demoras nos pagamentos criam uma espécie de bola de neve que degenera na falta de liquidez que, por sua vez, tem vindo a ser agravada pelas reduções na concessão de crédito.
Todavia, e como é habitual por estas paragens, vai ser preciso ver para crer. Afinal de contas, estamos a viver a era da propaganda repleta de propostas e alterações promissoras que raras vezes se materializam em resultados. Mas esta era da propaganda foi largamente aprofundada pela acção do actual primeiro-ministro, e hoje quase nada parece o que é. A imagem e as agências de comunicação têm vindo a substituir a importância das ideias e da discussão das mesmas - importa, como tem sido evidente nos últimos anos, a forma e não a substância, e o vazio é disfarçado pelo tratamento da imagem e pelo recurso à propaganda. Por conseguinte, é ver para crer.
De qualquer modo, regista-se com satisfação a proposta de pôr o Estado a pagar pelos seus atrasos. Com isso está-se a combater a crise e, talvez mais importante, está-se a contribuir para inverter a tendência para pagar tardiamente ou nem sequer pagar - contrariando aquilo que podemos mesmo considerar como um aspecto cultural profundamente enraizado nas mentalidades.
Comentários
Em todo o caso, hoje em dia a lei já preve a aplicação de juros a pagamentos atrasados. O problema é reclamá-los!
Não acredito nesta mudança.
Em todo o caso, hoje em dia a lei já preve a aplicação de juros a pagamentos atrasados. O problema é reclamá-los!
Não acredito nesta mudança.