O Partido Socialista determinou, para o bem o para o mal, o rumo que o país seguiu e segue ao longo de mais de 30 anos. O PS marcou indelevelmente a História recente do país, quer no período subsequente ao 25 de Abril, quer nestes últimos anos da política portuguesa. Na verdade, o papel do PS na escolha pela via democrática, designadamente no conturbado período que se seguiu ao 25 de Abril e no consequente processo de consolidação do regime democrático, é inquestionável e não pode ser esquecido. Será porventura por essa razão que os acontecimentos das últimas semanas e, em larga medida, dos anos de exercício político deste Governo, são manifestamente perturbadores.
De um modo geral, as alegadas tentativas de controlo da comunicação social e o desconforto sempre manifestado pelo Executivo relativamente a essa mesma comunicação social não são concomitantes com a História do partido. De resto, parece que ainda não se percebeu que quaisquer tentativas de controlar a comunicação social acaba invariavelmente por degenerar em atropelos a liberdades fundamentais, cuja defesa foi o cerne da História do Partido Socialista.
Em bom rigor, este PS dito moderno não se coaduna com a importância histórica do partido e talvez por essa razão seja curioso verificar como é que o partido cerra fileiras, mostrando um hermetismo cada vez mais característico, um partido em que todos falam a uma só voz, num exercício pouco habitual em democracias pluralistas.
A recusa em esclarecer taxativamente os cidadãos tornou-se um hábito na nossa democracia. Ignora-se por completo que os representantes escolhidos pelos cidadãos têm legitimidade para desempenhar as suas funções, mas também devem ter a obrigação de prestar contas, de dialogar e de esclarecer. Ora, a aproximação dos representantes aos cidadãos passa pelo direito a esses esclarecimentos. Infelizmente, institucionalizou-se a ideia de se governar numa redoma e, consequentemente, é a comunicação social que procura respostas, que ocupa aquilo que se designa por espaço público. Só dessa forma quem governa sente-se obrigado a esclarecer, embora não seja propriamente este o caso.
Parece-me evidente que o Partido Socialista, mais do que cerrar fileiras em torno do seu líder, deverá reflectir sobre se o seu presente se coaduna com as lutas do seu passado, designadamente pela implementação e consolidação do regime democrático. De igual modo, a conquista do poder pelo poder não pode ser o objectivo de um partido com o peso do PS, sob pena de se relativizar os princípios e valores que devem nortear um partido como o Partido Socialista. Quanto ao futuro, esse parece sombrio. Se se persistir em ignorar o erro crasso de abdicar dos valores e princípios que marcaram o passado e são parte indissociável de quem queremos ser no presente, o futuro avizinha-se vazio e sem sentido.
De um modo geral, as alegadas tentativas de controlo da comunicação social e o desconforto sempre manifestado pelo Executivo relativamente a essa mesma comunicação social não são concomitantes com a História do partido. De resto, parece que ainda não se percebeu que quaisquer tentativas de controlar a comunicação social acaba invariavelmente por degenerar em atropelos a liberdades fundamentais, cuja defesa foi o cerne da História do Partido Socialista.
Em bom rigor, este PS dito moderno não se coaduna com a importância histórica do partido e talvez por essa razão seja curioso verificar como é que o partido cerra fileiras, mostrando um hermetismo cada vez mais característico, um partido em que todos falam a uma só voz, num exercício pouco habitual em democracias pluralistas.
A recusa em esclarecer taxativamente os cidadãos tornou-se um hábito na nossa democracia. Ignora-se por completo que os representantes escolhidos pelos cidadãos têm legitimidade para desempenhar as suas funções, mas também devem ter a obrigação de prestar contas, de dialogar e de esclarecer. Ora, a aproximação dos representantes aos cidadãos passa pelo direito a esses esclarecimentos. Infelizmente, institucionalizou-se a ideia de se governar numa redoma e, consequentemente, é a comunicação social que procura respostas, que ocupa aquilo que se designa por espaço público. Só dessa forma quem governa sente-se obrigado a esclarecer, embora não seja propriamente este o caso.
Parece-me evidente que o Partido Socialista, mais do que cerrar fileiras em torno do seu líder, deverá reflectir sobre se o seu presente se coaduna com as lutas do seu passado, designadamente pela implementação e consolidação do regime democrático. De igual modo, a conquista do poder pelo poder não pode ser o objectivo de um partido com o peso do PS, sob pena de se relativizar os princípios e valores que devem nortear um partido como o Partido Socialista. Quanto ao futuro, esse parece sombrio. Se se persistir em ignorar o erro crasso de abdicar dos valores e princípios que marcaram o passado e são parte indissociável de quem queremos ser no presente, o futuro avizinha-se vazio e sem sentido.
Comentários
Aproveito para deixar um recado a todos os políticos e futuros também, se não são honestos e não almejam o melhor para a nossa Nação aqui à beira mar plantada, por favor deixem a política ou nem sequer sigam esse caminho, porque de podridão estamos todos fartos neste País.