O Partido Socialista, nomeadamente algumas personalidades do partido, começam a sentir manifestas dificuldades em esconder o desconforto perante as acusações de tentativa de condicionamento de liberdades por parte do primeiro-ministro. O jornal Público dá conta desse mesmo desconforto desta vez sentido por Jaime Gama. É natural que assim seja. Das duas uma: ou o desconforto existe perante a possibilidade do primeiro-ministro e líder do partido ter tentado condicionar a comunicação social - acusação muito grave - ou esse desconforto revela-se perante a fragilização de José Sócrates e consequentemente do partido.
Começa a ser evidente que Sócrates vai ter muitas dificuldades em recuperar de mais este episódio que começa a transformar-se no maior obstáculo que Sócrates já teve que enfrentar. Além disso, não vai contar com a solidariedade do partido. O PS, quer pela sua história, quer pelos interesses pouco louváveis que comandam o partido, não pode conviver saudavelmente com este ambiente de constante instabilidade sustentada em acusações graves. A posição do PS não é concomitante com o drama que José Sócrates está a viver. E sabe-se como tudo funciona em política: a fragilidade de um líder partidário não pode durar muito tempo.
Consequentemente, não será de estranhar que o PS se mostre pouco solidário com o seu líder. O próprio José Sócrates já fez afirmações nesse mesmo sentido. Infelizmente, o primeiro-ministro ainda não percebeu que este deixou de ser um caso meramente de justiça a partir do exacto momento que o Sol publicou as transcrições das escutas - foi nesse momento que se percebeu que esta história raia o inacreditável e reveste-se de uma gravidade difícil de sustentar em política. Hoje o caso é político e fragiliza sobremaneira o primeiro-ministro.
José Sócrates vai ter dificuldades em ultrapassar esta crise e os próximos tempos avizinham-se de profunda solidão, não obstante a existência de um grupo muito próximo do primeiro-ministro que seguramente mostrar-se-á mais fiel. Todavia, o PS dificilmente vai manter uma posição de proximidade e solidariedade relativamente ao primeiro-ministro.
Começa a ser evidente que Sócrates vai ter muitas dificuldades em recuperar de mais este episódio que começa a transformar-se no maior obstáculo que Sócrates já teve que enfrentar. Além disso, não vai contar com a solidariedade do partido. O PS, quer pela sua história, quer pelos interesses pouco louváveis que comandam o partido, não pode conviver saudavelmente com este ambiente de constante instabilidade sustentada em acusações graves. A posição do PS não é concomitante com o drama que José Sócrates está a viver. E sabe-se como tudo funciona em política: a fragilidade de um líder partidário não pode durar muito tempo.
Consequentemente, não será de estranhar que o PS se mostre pouco solidário com o seu líder. O próprio José Sócrates já fez afirmações nesse mesmo sentido. Infelizmente, o primeiro-ministro ainda não percebeu que este deixou de ser um caso meramente de justiça a partir do exacto momento que o Sol publicou as transcrições das escutas - foi nesse momento que se percebeu que esta história raia o inacreditável e reveste-se de uma gravidade difícil de sustentar em política. Hoje o caso é político e fragiliza sobremaneira o primeiro-ministro.
José Sócrates vai ter dificuldades em ultrapassar esta crise e os próximos tempos avizinham-se de profunda solidão, não obstante a existência de um grupo muito próximo do primeiro-ministro que seguramente mostrar-se-á mais fiel. Todavia, o PS dificilmente vai manter uma posição de proximidade e solidariedade relativamente ao primeiro-ministro.
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