O Jornal Sol noticia hoje que a investigação do caso Face Oculta acabou por revelar tentativas por parte do Governo de controlar a comunicação social. A gravidade destas acusações são um indubitável atentado à própria democracia. O despacho dos juízes refere mesmo uma espécie de plano governamental para afastar jornalistas incómodos. Será porventura à luz deste despacho que devemos olhar para a saída de Manuela Moura Guedes da TVI, José Manuel Fernandes do Público, e para a conversa do primeiro-ministro revelada por Mário Crespo da SIC Notícias. Ora, perante a gravidade destas acusações, o primeiro-ministro continua a refugiar-se no silêncio.
Esta tem sido uma semana difícil para o Governo. O imbróglio da Lei das Finanças Regionais, as acusações de Mário Crespo e agora estas revelações são muito provavelmente decisivas para o futuro próximo do primeiro-ministro e do Governo, embora seja de assinalar a resistência deste primeiro-ministro. A verdade é que depois de tantos casos, suspeições dúvidas e opacidade, José Sócrates conseguiu manter a confiança de tantos portugueses que o reelegeram.
Todavia, o Governo mostra ter muitas dificuldades em governar em condições de maioria relativa e, além disso, mostra também uma enorme incapacidade para fazer face aos problemas graves que o país atravessa. O Orçamento de Estado terá sido o culminar da total inexistência de ideias para combater os problemas do país. No fundo, tratou-se de mais um adiamento relativamente a medidas intrincadas e com forte impacto que terão, mais dia, menos dia, de ser tomadas. Pelo que se perspectiva, essas medidas terão que ser tomadas já, no plano do imediato.
Perante estas dificuldades, o primeiro-ministro conta agora com mais suspeições que recaem sobre a sua difícil relação com a comunicação social. Em rigor, este Governo, falhou também no processo de consolidação democrática - processo que passa invariavelmente pelo reforço do pluralismo. Ora, um primeiro-ministro que não sabe conviver com a crítica e, mais grave, que tenta controlar a comunicação social não respeitando um dos princípios básicos da democracia, não tem lugar como representante dos cidadãos. Seria profícuo que esses mesmos cidadãos percebessem que em democracia não há lugar a tentativas de controlo de liberdades fundamentais. O processo de consolidação democrática é responsabilidade de todos nós e, afinal, a democracia também é um sistema que nos permite afastar quem tem tiques de autoritarismo.
Esta tem sido uma semana difícil para o Governo. O imbróglio da Lei das Finanças Regionais, as acusações de Mário Crespo e agora estas revelações são muito provavelmente decisivas para o futuro próximo do primeiro-ministro e do Governo, embora seja de assinalar a resistência deste primeiro-ministro. A verdade é que depois de tantos casos, suspeições dúvidas e opacidade, José Sócrates conseguiu manter a confiança de tantos portugueses que o reelegeram.
Todavia, o Governo mostra ter muitas dificuldades em governar em condições de maioria relativa e, além disso, mostra também uma enorme incapacidade para fazer face aos problemas graves que o país atravessa. O Orçamento de Estado terá sido o culminar da total inexistência de ideias para combater os problemas do país. No fundo, tratou-se de mais um adiamento relativamente a medidas intrincadas e com forte impacto que terão, mais dia, menos dia, de ser tomadas. Pelo que se perspectiva, essas medidas terão que ser tomadas já, no plano do imediato.
Perante estas dificuldades, o primeiro-ministro conta agora com mais suspeições que recaem sobre a sua difícil relação com a comunicação social. Em rigor, este Governo, falhou também no processo de consolidação democrática - processo que passa invariavelmente pelo reforço do pluralismo. Ora, um primeiro-ministro que não sabe conviver com a crítica e, mais grave, que tenta controlar a comunicação social não respeitando um dos princípios básicos da democracia, não tem lugar como representante dos cidadãos. Seria profícuo que esses mesmos cidadãos percebessem que em democracia não há lugar a tentativas de controlo de liberdades fundamentais. O processo de consolidação democrática é responsabilidade de todos nós e, afinal, a democracia também é um sistema que nos permite afastar quem tem tiques de autoritarismo.
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