A semana política fica marcada pela instabilidade ao nível do Governo a propósito das mudanças propostas pelos partidos da oposição relativamente à Lei das Finanças Regionais. Ou dito por outras palavras: a oposição prepara-se para aprovar mais dinheiro para a Madeira e o Governo não aceita essa alteração. Esta semana foi notícia a possibilidade do ministro das Finanças se demitir caso a lei seja aprovada, em consequência coloca-se também a hipótese da demissão do próprio Governo.
Quanto à lei propriamente dita e que é, afinal de contas, o pomo da discórdia, não há muito a dizer. Trata-se, na sua essência, de mais uma benesse atirada para uma região já por si muito endividada, e num contexto de graves dificuldades financeiras do país. Com efeito, os partidos da oposição, designadamente o PSD nem têm uma linha de argumentação sólida que justifique a alteração proposta. No que toca ao PS, e em particular ao Governo, parece que esta lei está a ser aproveitada para uma novavitimização e não se pode ignorar que tudo foi, em larga medida, empolado pelo Governo.
O desagrado do Governo tem o seu fundamento. De facto, é inconcebível como numa altura de graves dificuldades do país, se possa dar ao luxo de favorecer uma determinada região, invariavelmente em detrimento das outras. Até do ponto de vista moral, é difícil explicar mais esta benesse. Todavia, reconhece-se também que uma eventual aprovação desta alteração à lei não justifica, por si só, as demissões de que tanto se fala.
Conjecturando um cenário em que o Governo acabe mesmo por se demitir, é difícil antever que resultados sairiam de eleições antecipadas. No horizonte não se perspectiva alternativas, e olhando para a Assembleia da República, para o Governo e, até certo ponto, para o Presidente da República percebe-se que as soluções rareiam. O que se tem feito é atirar os problemas para debaixo do tapete. O problema é que eles continuam lá. A pior crise que o país atravessa é da classe política, mais interessada nos jogos político-partidários - como esta questão da Lei das Finanças Regionais ilustra - do que em resolver os graves problemas do país.
Quanto à lei propriamente dita e que é, afinal de contas, o pomo da discórdia, não há muito a dizer. Trata-se, na sua essência, de mais uma benesse atirada para uma região já por si muito endividada, e num contexto de graves dificuldades financeiras do país. Com efeito, os partidos da oposição, designadamente o PSD nem têm uma linha de argumentação sólida que justifique a alteração proposta. No que toca ao PS, e em particular ao Governo, parece que esta lei está a ser aproveitada para uma novavitimização e não se pode ignorar que tudo foi, em larga medida, empolado pelo Governo.
O desagrado do Governo tem o seu fundamento. De facto, é inconcebível como numa altura de graves dificuldades do país, se possa dar ao luxo de favorecer uma determinada região, invariavelmente em detrimento das outras. Até do ponto de vista moral, é difícil explicar mais esta benesse. Todavia, reconhece-se também que uma eventual aprovação desta alteração à lei não justifica, por si só, as demissões de que tanto se fala.
Conjecturando um cenário em que o Governo acabe mesmo por se demitir, é difícil antever que resultados sairiam de eleições antecipadas. No horizonte não se perspectiva alternativas, e olhando para a Assembleia da República, para o Governo e, até certo ponto, para o Presidente da República percebe-se que as soluções rareiam. O que se tem feito é atirar os problemas para debaixo do tapete. O problema é que eles continuam lá. A pior crise que o país atravessa é da classe política, mais interessada nos jogos político-partidários - como esta questão da Lei das Finanças Regionais ilustra - do que em resolver os graves problemas do país.
Comentários
- af