O ataque reivindicado pela FLEC a um autocarro que transportava a selecção de futebol do Togo caracteriza-se por uma palavra: imperdoável. O ataque, perpetuado pela FLEC que reclama a independência de Cabinda – território sob a tutela angolana –, teve consequências trágicas e trouxe às primeiras páginas a questão de Cabinda.
Cabinda e Angola são problemas criados também, em larga medida por Portugal. Cabinda ficou voluntariamente sob a autoridade portuguesa em finais do século XIX, passando quase um século depois a estar sob a alçada do mesmo Governador, durante o regime do Estado Novo e acabando por fazer parte de Angola, depois da descolonização, com o claro beneplácito das autoridades portuguesas. Infelizmente esta questão, a par de outras, é pura e simplesmente ignoradas no nosso país. Aliás, um dos nossos erros é não encarar o passado com naturalidade, ainda falta a nossa catarse.
De qualquer modo, importa então contextualizar o problema de Angola e Cabinda para perceber o que esteve subjacente ao ataque vil que recaiu sobre a selecção do Togo, assim como importa sublinhar que por muitas razões que possam justificar a luta da FLEC, o ataque da semana passada enfraquece a sua luta. Não se pode falar em causa quando a luta por essa causa custa a vida de inocentes. Consequentemente, a FLEC sai fragilizada deste ataque e não pode contar com qualquer tipo de complacência.
É evidente que o enclave de Cabinda interessa muito a Angola, estamos, pois, a falar de um território rico em petróleo e o regime angolano não se faz rogado no que toca a estas riquezas. Note-se contudo que entre a tibieza que caracterizou o período da descolonização, a ausência de escrúpulos do regime angolano e a indiferença da comunidade internacional, a FLEC acaba por cometer um erro grave ao atentar contra um autocarro repleto de pessoas inocentes – não é desta forma que se dá visibilidade e força à sua causa. Pelo contrário.
Cabinda e Angola são problemas criados também, em larga medida por Portugal. Cabinda ficou voluntariamente sob a autoridade portuguesa em finais do século XIX, passando quase um século depois a estar sob a alçada do mesmo Governador, durante o regime do Estado Novo e acabando por fazer parte de Angola, depois da descolonização, com o claro beneplácito das autoridades portuguesas. Infelizmente esta questão, a par de outras, é pura e simplesmente ignoradas no nosso país. Aliás, um dos nossos erros é não encarar o passado com naturalidade, ainda falta a nossa catarse.
De qualquer modo, importa então contextualizar o problema de Angola e Cabinda para perceber o que esteve subjacente ao ataque vil que recaiu sobre a selecção do Togo, assim como importa sublinhar que por muitas razões que possam justificar a luta da FLEC, o ataque da semana passada enfraquece a sua luta. Não se pode falar em causa quando a luta por essa causa custa a vida de inocentes. Consequentemente, a FLEC sai fragilizada deste ataque e não pode contar com qualquer tipo de complacência.
É evidente que o enclave de Cabinda interessa muito a Angola, estamos, pois, a falar de um território rico em petróleo e o regime angolano não se faz rogado no que toca a estas riquezas. Note-se contudo que entre a tibieza que caracterizou o período da descolonização, a ausência de escrúpulos do regime angolano e a indiferença da comunidade internacional, a FLEC acaba por cometer um erro grave ao atentar contra um autocarro repleto de pessoas inocentes – não é desta forma que se dá visibilidade e força à sua causa. Pelo contrário.
Comentários