Admito que escrever sobre o país está-se a tornar num exercício exasperante e não há optimismo que aguente. Depois de políticas erradas levadas a cabo por um governo que é premiado com uma reeleição, depois de indicadores económicos preocupantes e previsões assustadoras, chegam agora notícias da existência de uma rede tentacular que engloba figuras ligadas à política, empresários do sector privado e público e funcionários públicos e que, paradoxalmente tem a denominação de "Face Oculta", quando na verdade mostra a verdadeira face de um país pequeno a vários níveis.
A nossa pequenez está estampada no rosto quer do Procurador -Geral da República, quer do Presidente do Supremo de Justiça que empurram responsabilidades um para cima do outro relativamente a escutas que envolvem o primeiro-ministro. De resto, se duas figuras máximas da Justiça portuguesa aparecem perante as câmaras de televisão a empurrar a questão das escutas um para o outro, é caso para dizer que estamos bem arranjados.
Nestas condições, escrever sobre o país está-se a tornar cansativo até porque quando existem hipóteses de se mudar alguma coisa, nós preferimos manter o mesmo primeiro-ministro que depois de anos de cabalas e propaganda barata, ainda tenta convencer que é um primeiro-ministro honesto, moderno e que será responsável pelo aumento das igualdades e pelo desenvolvimento do país. Porventura haverá quem ainda não percebeu a primeira-parte deste filme e tenha apostado na segunda. Não deixa de ser lamentável que sejam necessárias duas partes para se ver um filme previsível e com um final triste.
A nossa pequenez está estampada no rosto quer do Procurador -Geral da República, quer do Presidente do Supremo de Justiça que empurram responsabilidades um para cima do outro relativamente a escutas que envolvem o primeiro-ministro. De resto, se duas figuras máximas da Justiça portuguesa aparecem perante as câmaras de televisão a empurrar a questão das escutas um para o outro, é caso para dizer que estamos bem arranjados.
Nestas condições, escrever sobre o país está-se a tornar cansativo até porque quando existem hipóteses de se mudar alguma coisa, nós preferimos manter o mesmo primeiro-ministro que depois de anos de cabalas e propaganda barata, ainda tenta convencer que é um primeiro-ministro honesto, moderno e que será responsável pelo aumento das igualdades e pelo desenvolvimento do país. Porventura haverá quem ainda não percebeu a primeira-parte deste filme e tenha apostado na segunda. Não deixa de ser lamentável que sejam necessárias duas partes para se ver um filme previsível e com um final triste.
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