O primeiro-ministro e o seu governo elegeram as grandes obras públicas como panaceia para grande parte dos problemas económicos do país, sobretudo no que diz respeito àquelas dificuldades que foram agravadas pela crise económica. O rumo traçado pelo primeiro-ministro passa essencialmente por esses grandes projectos - é através das grandes obras que, diz o ministro das Obras Públicas, o país vai recuperar.
Convinha, porém, ao Executivo de José Sócrates explicar aos portugueses a seguinte proeza: como é que é possível empreender as tais grandes obras públicas, num contexto de défice de oito por cento, quando o país atinge níveis de endividamento preocupantes e,simultaneamente , não aumentar impostos? É a esta questão que o primeiro-ministro e a sua equipa deveriam responder. É sobejamente conhecida a recusa do primeiro-ministro em responder às questões colocadas pela oposição no Parlamento, mas as suas recusas em esclarecer o país são intoleráveis.
Na verdade, compreendem-se as razões que levam o primeiro-ministro a não responder a estas dúvidas tão incómodas. O aumento de impostos já seria provavelmente uma inevitabilidade num contexto de endividamento crescente e défice na casa dos oito porcento, quanto mais quando a isto acresce a construção de grandes obras públicas. Não se trata de uma questão de saber se vai haver lugar a um aumento de impostos ou não; a questão é mesmo quando e quem vai pagar os erros do presente - nós, ou os mais novos.
O rumo traçado pelo actual primeiro-ministro para combater a crise e recuperar a economia carece de explicações mais detalhadas. Mas não são necessárias explicações para se perceber que o rumo traçado pelo governo vai acabar por resultar num agravamento muito significativo dos problemas do já periclitante estado da economia portuguesa.
Convinha, porém, ao Executivo de José Sócrates explicar aos portugueses a seguinte proeza: como é que é possível empreender as tais grandes obras públicas, num contexto de défice de oito por cento, quando o país atinge níveis de endividamento preocupantes e,simultaneamente , não aumentar impostos? É a esta questão que o primeiro-ministro e a sua equipa deveriam responder. É sobejamente conhecida a recusa do primeiro-ministro em responder às questões colocadas pela oposição no Parlamento, mas as suas recusas em esclarecer o país são intoleráveis.
Na verdade, compreendem-se as razões que levam o primeiro-ministro a não responder a estas dúvidas tão incómodas. O aumento de impostos já seria provavelmente uma inevitabilidade num contexto de endividamento crescente e défice na casa dos oito porcento, quanto mais quando a isto acresce a construção de grandes obras públicas. Não se trata de uma questão de saber se vai haver lugar a um aumento de impostos ou não; a questão é mesmo quando e quem vai pagar os erros do presente - nós, ou os mais novos.
O rumo traçado pelo actual primeiro-ministro para combater a crise e recuperar a economia carece de explicações mais detalhadas. Mas não são necessárias explicações para se perceber que o rumo traçado pelo governo vai acabar por resultar num agravamento muito significativo dos problemas do já periclitante estado da economia portuguesa.
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