Os sinais de impaciência no PSD começam a ser visíveis. Numa altura em que o primeiro-ministro está, mais uma vez, fragilizado com o caso Face Oculta, o PSD começa a perceber que tem aqui mais uma oportunidade para subir ao poder. Neste contexto, começa-se a assistir a movimentações no seio do partido no sentido de apressar a saída de Manuela Ferreira Leite - uma líder apagada que está em contagem decrescente para a saída.
Assim, o PSD está à espera de um líder, ao invés de estar à espera de um projecto. Com o líder vem o projecto, dir-se-à. Todavia, essa premissa já foi mais verdadeira do que é. Com o líder, vem amiúde tudo menos o projecto. Vem o fato de qualidade, vem a boa imagem, vem a capacidade de comunicar para "as câmaras" de televisão, pelo caminho prescinde-se do debate de ideais a pela construção de um projecto para o país.
O PSD e o PS vão-se tornando cada vez mais parecidos. E curiosamente não será tanto pelas políticas seguidas, mas antes pelo percurso do partido ou por aquilo que muitos gostariam que o PSD se viesse a tornar. Em matéria de corrupção, compadrios, partidarização da Administração Pública e combate a estes fenómenos, nem um partido nem outro podem vangloriar-se de ter um percurso exemplar. Outro exemplo prende-se com a displicência com que se olha para o debate de ideias e para a construção de um projecto sólido e coerente - isto acontece com cada vez maior frequência em ambos os partidos. O que interessa é a boa imagem do candidato ou do líder, debitar algumas frases feitas e apostar num discurso desprovido de conteúdo.
O PSD, ou grande parte do partido, está à espera de um líder assim e já não consegue esconder a sua impaciência e, em bom rigor, o próprio país está impaciente com um Governo cujo primeiro-ministro vê-se envolvido em casos nunca clarificados, num misto de suspeições e com o aparente beneplácito de uma justiça partidarizada e sem solução alternativa. Consequentemente, pode-se afirmar que a impaciência não se reduz às bases do PSD, a impaciência acaba por ser generalizada e a mudança de liderança no PSD - a acontecer para o ano - parece demasiado longínqua.
Assim, o PSD está à espera de um líder, ao invés de estar à espera de um projecto. Com o líder vem o projecto, dir-se-à. Todavia, essa premissa já foi mais verdadeira do que é. Com o líder, vem amiúde tudo menos o projecto. Vem o fato de qualidade, vem a boa imagem, vem a capacidade de comunicar para "as câmaras" de televisão, pelo caminho prescinde-se do debate de ideais a pela construção de um projecto para o país.
O PSD e o PS vão-se tornando cada vez mais parecidos. E curiosamente não será tanto pelas políticas seguidas, mas antes pelo percurso do partido ou por aquilo que muitos gostariam que o PSD se viesse a tornar. Em matéria de corrupção, compadrios, partidarização da Administração Pública e combate a estes fenómenos, nem um partido nem outro podem vangloriar-se de ter um percurso exemplar. Outro exemplo prende-se com a displicência com que se olha para o debate de ideias e para a construção de um projecto sólido e coerente - isto acontece com cada vez maior frequência em ambos os partidos. O que interessa é a boa imagem do candidato ou do líder, debitar algumas frases feitas e apostar num discurso desprovido de conteúdo.
O PSD, ou grande parte do partido, está à espera de um líder assim e já não consegue esconder a sua impaciência e, em bom rigor, o próprio país está impaciente com um Governo cujo primeiro-ministro vê-se envolvido em casos nunca clarificados, num misto de suspeições e com o aparente beneplácito de uma justiça partidarizada e sem solução alternativa. Consequentemente, pode-se afirmar que a impaciência não se reduz às bases do PSD, a impaciência acaba por ser generalizada e a mudança de liderança no PSD - a acontecer para o ano - parece demasiado longínqua.
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