O país está pouco habituado a dar importância à saúde em geral, e à saúde mental em particular. Consequentemente, não é de estranhar o desprezo a que a psicologia é votada, e não apenas na perspectiva da saúde, como do ponto de vista educativo. O desprezo é tal que a disciplina de Psicologia do ensino secundário tem vindo a ser leccionada por professores de Filosofia, estando os psicólogos arredados da possibilidade de darem aulas relacionadas com a sua área de formação. A displicência é tanta que se permite que estas e outras incongruências se arrastem durante anos, sem que quem tem responsabilidades na matéria olhe sequer para o problema e oiça as pessoas envolvidas. Terá sido, porventura, uma questão de tempo e de agenda: o constante antagonismo relativamente aos professores consumiu grande parte do tempo da anterior ministra da Educação.
Com efeito, o desprezo pela Psicologia vai mais longe no contexto escolar onde se verifica um número muito reduzido de psicólogos para a população estudantil. Portugal, está também neste aspecto, na cauda da Europa. Os sucessivos responsáveis políticos têm manifestado uma cegueira completa no que diz respeito à existência de psicólogos na escola, não só para proporcionar apoio psicológico propriamente dito, como para prestar um serviço determinante em matéria de orientação vocacional.
Em bom rigor, a ausência de psicólogos nas escolas é sintomática da política de vistas curtas e parcimónia a todo o custo que tem sido característica em particular dos últimos governos. Importa referir que a orientação vocacional nas escolas pode contribuir decisivamente para o sucesso ou insucesso escolar e profissional dos alunos. De resto, a importância da orientação vocacional é reconhecida até para os adultos - quantos de nós não gostaríamos de ter tido alguém que nos fizesse pensar sobre a importância das escolhas, por exemplo? Talvez a vida de muitos nós fosse muito diferente daquela que levamos hoje. E nunca é tarde para mudar. É, pois, um erro estratégico monumental desprezar-se a importância da orientação vocacional e é também por estas razões que Portugal conhece um insucesso estrondoso que começa no sector da Educação - escamoteado por um facilitismo assustador - e culmina com um insucesso genérico como país.
Note-se que o sucesso escolar não passa por tentativas de tornar tudo mais fácil e permissível - esse sucesso escolar será sempre artificial e apenas terá consequências nefastas. O sucesso escolar passa essencialmente pela qualidade de ensino, pela paz na escola e pelo apoio quer nas matérias leccionadas, quer na análise sobre os caminhos a seguir. Ajudar a pensar sobre escolhas contribui também para um conhecimento mais rigoroso e aprofundado de si próprio, conhecimento esse que é invariavelmente uma mais-valia. É também sobre estes aspectos que país precisa de pensar. Ora, votar a psicologia ao esquecimento e ao desprezo poderá significar que mais cedo ou mais tarde, o país terá que pagar uma pesada factura a vários níveis. Espera-se outra abertura e discernimento da ministra que tomou agora posse.
Com efeito, o desprezo pela Psicologia vai mais longe no contexto escolar onde se verifica um número muito reduzido de psicólogos para a população estudantil. Portugal, está também neste aspecto, na cauda da Europa. Os sucessivos responsáveis políticos têm manifestado uma cegueira completa no que diz respeito à existência de psicólogos na escola, não só para proporcionar apoio psicológico propriamente dito, como para prestar um serviço determinante em matéria de orientação vocacional.
Em bom rigor, a ausência de psicólogos nas escolas é sintomática da política de vistas curtas e parcimónia a todo o custo que tem sido característica em particular dos últimos governos. Importa referir que a orientação vocacional nas escolas pode contribuir decisivamente para o sucesso ou insucesso escolar e profissional dos alunos. De resto, a importância da orientação vocacional é reconhecida até para os adultos - quantos de nós não gostaríamos de ter tido alguém que nos fizesse pensar sobre a importância das escolhas, por exemplo? Talvez a vida de muitos nós fosse muito diferente daquela que levamos hoje. E nunca é tarde para mudar. É, pois, um erro estratégico monumental desprezar-se a importância da orientação vocacional e é também por estas razões que Portugal conhece um insucesso estrondoso que começa no sector da Educação - escamoteado por um facilitismo assustador - e culmina com um insucesso genérico como país.
Note-se que o sucesso escolar não passa por tentativas de tornar tudo mais fácil e permissível - esse sucesso escolar será sempre artificial e apenas terá consequências nefastas. O sucesso escolar passa essencialmente pela qualidade de ensino, pela paz na escola e pelo apoio quer nas matérias leccionadas, quer na análise sobre os caminhos a seguir. Ajudar a pensar sobre escolhas contribui também para um conhecimento mais rigoroso e aprofundado de si próprio, conhecimento esse que é invariavelmente uma mais-valia. É também sobre estes aspectos que país precisa de pensar. Ora, votar a psicologia ao esquecimento e ao desprezo poderá significar que mais cedo ou mais tarde, o país terá que pagar uma pesada factura a vários níveis. Espera-se outra abertura e discernimento da ministra que tomou agora posse.
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