Depois de inúmeros casos que apontam para ligações promiscuas entre empresas públicas, políticos e sector privado e depois do claro aproveitamento que muitos não se coíbem de fazer dos cargos (públicos) que ocupam, surgem agora as preocupações com a corrupção, designadamente da parte do Governo.
Em bom rigor, os partidos da oposição, com claro destaque para o Bloco de Esquerda, têm manifestado uma forte preocupação com o fenómeno e apresentado propostas no sentido de um combate veemente contra a corrupção. Recorde-se que as propostas deste e de outros partidos caíram em saco roto ao longo destes mais de quatro anos. O partido do Governo sempre mostrou pouca vontade em travar um combate mais aguerrido contra a corrupção. Hoje, no entanto, o cenário é diferente: já são tantos os casos, tão poucas as condenações e agora o próprio primeiro-ministro é apanhado em escutas que, como é evidente, terão um teor importante, caso contrário não teriam o seguimento que acabaram por ter.
É a própria justiça que está a perder os últimos laivos de credibilidade, levando consigo a já duvidosa credibilidade do primeiro-ministro - com a sucessão de episódios mal explicados de escutas nulas e do jogo do empurra entre Procurador e Presidente do Supremo Tribunal.
Depois de anos a adiar o combate à corrupção, o Governo tenta agora mostrar outra face, se me é permitida a expressão. Agora até as ideias de João Cravinho, outrora demonizadas pelo seu próprio partido, poderão, aos olhos do Governo, ser profícuas. Os cidadãos não podem continuar a permitir que a credibilidade na política seja um assunto de menor importância e não podem deixar passar o facto de durante mais de quatro anos o combate a este mal que corrói a democracia tenha prevalecido, com evidentes responsabilidades do Governo. Há poucos meses, os cidadãos fizeram a sua escolha, e escolheram novamente a falta de credibilidade e um vasto rol de políticas que contribuem para o retrocesso do país a vários níveis.
Em bom rigor, os partidos da oposição, com claro destaque para o Bloco de Esquerda, têm manifestado uma forte preocupação com o fenómeno e apresentado propostas no sentido de um combate veemente contra a corrupção. Recorde-se que as propostas deste e de outros partidos caíram em saco roto ao longo destes mais de quatro anos. O partido do Governo sempre mostrou pouca vontade em travar um combate mais aguerrido contra a corrupção. Hoje, no entanto, o cenário é diferente: já são tantos os casos, tão poucas as condenações e agora o próprio primeiro-ministro é apanhado em escutas que, como é evidente, terão um teor importante, caso contrário não teriam o seguimento que acabaram por ter.
É a própria justiça que está a perder os últimos laivos de credibilidade, levando consigo a já duvidosa credibilidade do primeiro-ministro - com a sucessão de episódios mal explicados de escutas nulas e do jogo do empurra entre Procurador e Presidente do Supremo Tribunal.
Depois de anos a adiar o combate à corrupção, o Governo tenta agora mostrar outra face, se me é permitida a expressão. Agora até as ideias de João Cravinho, outrora demonizadas pelo seu próprio partido, poderão, aos olhos do Governo, ser profícuas. Os cidadãos não podem continuar a permitir que a credibilidade na política seja um assunto de menor importância e não podem deixar passar o facto de durante mais de quatro anos o combate a este mal que corrói a democracia tenha prevalecido, com evidentes responsabilidades do Governo. Há poucos meses, os cidadãos fizeram a sua escolha, e escolheram novamente a falta de credibilidade e um vasto rol de políticas que contribuem para o retrocesso do país a vários níveis.
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