Estes dois países conheceram hoje dois fortes regressos à violência: no Paquistão, na cidade de Peshawar, um atentado no mercado já reclamou a vida a perto de 60 pessoas e no Afeganistão as vítimas pertenciam à ONU. Num caso e noutro verifica-se um denominador comum: o extremismo islâmico. No caso do Afeganistão, os talibã pretendem causar um elevado grau de destabilização para a segunda volta das eleições presidenciais, depois de se terem verificado irregularidades no acto eleitoral que deu a vitória a Hamid Karzai; no caso do Paquistão não será alheio o facto de Hillary Clinton estar de visita ao país, mas o recrudescimento dos radicais islâmicos no país, com ligações à Al-qaeda, e apoiantes dos talibãs afegãos, constitui uma séria ameaça à segurança e estabilidade do país.
Em bom rigor, as zonas mais problemáticas da região encontram-se na linha de fronteira entre os dois países, com combates das forças afegãs e internacionais à ameaça talibã, acontecendo o mesmo com as forças paquistanesas que travam duros combates contra talibãs e outros radicais islâmicos. O resultado acaba por se traduzir em atentados terroristas em zonas de forte densidade populacional, em períodos meticulosamente escolhidos. Hoje terá sido a visita da secretária de Estado americana ao Paquistão, e no caso do Afeganistão, as razões estão relacionadas com o novo período eleitoral que se avizinha.
O regresso à estabilidade destes dois países é um imperativo indiscutível. Um hipotético regresso dos talibãs ao regime no Afeganistão significaria que, por um lado, o islamismo radical estaria de novo instalado no país, com as consequências conhecidas de forte apoio a grupos terroristas; e por outro lado, esse regresso talibã acabaria por ter consequências na proliferação ideológica e apoio aos islamitas do Paquistão, para além dos talibãs deste país.
Importa, pois, sublinhar a importância desta região, em particular quando um dos países detém armamento nuclear, resultado de décadas de confrontação com a Índia. Este é porventura o elemento mais perturbador da equação. Deste modo, os problemas da região são problemas do mundo, em particular do mundo ocidental que vai esquecendo o passado recente repleto de ódio e de terrorismo. Lá porque não sabemos bem onde fica o Afeganistão ou porque alimentamos um ódio de morte pelos EUA, não quer por isso dizer que estes problemas digam respeito apenas aos outros, sejam os da região, sejam os Estados Unidos.
Em bom rigor, as zonas mais problemáticas da região encontram-se na linha de fronteira entre os dois países, com combates das forças afegãs e internacionais à ameaça talibã, acontecendo o mesmo com as forças paquistanesas que travam duros combates contra talibãs e outros radicais islâmicos. O resultado acaba por se traduzir em atentados terroristas em zonas de forte densidade populacional, em períodos meticulosamente escolhidos. Hoje terá sido a visita da secretária de Estado americana ao Paquistão, e no caso do Afeganistão, as razões estão relacionadas com o novo período eleitoral que se avizinha.
O regresso à estabilidade destes dois países é um imperativo indiscutível. Um hipotético regresso dos talibãs ao regime no Afeganistão significaria que, por um lado, o islamismo radical estaria de novo instalado no país, com as consequências conhecidas de forte apoio a grupos terroristas; e por outro lado, esse regresso talibã acabaria por ter consequências na proliferação ideológica e apoio aos islamitas do Paquistão, para além dos talibãs deste país.
Importa, pois, sublinhar a importância desta região, em particular quando um dos países detém armamento nuclear, resultado de décadas de confrontação com a Índia. Este é porventura o elemento mais perturbador da equação. Deste modo, os problemas da região são problemas do mundo, em particular do mundo ocidental que vai esquecendo o passado recente repleto de ódio e de terrorismo. Lá porque não sabemos bem onde fica o Afeganistão ou porque alimentamos um ódio de morte pelos EUA, não quer por isso dizer que estes problemas digam respeito apenas aos outros, sejam os da região, sejam os Estados Unidos.
Comentários