As alegadas fraudes que se verificaram nas eleições presidenciais do Afeganistão e que ainda carecem de confirmação que chegará hoje são apenas mais um sinal de um país que está no sentido inverso ao sentido da democracia. A instabilidade que reina neste país é um dos principais óbices à conquista da democracia, a guerra que opõe Estados Unidos e forças aliadas, Paquistão e talibãs impede que a estabilidade possa sequer ser uma miragem.
Existem outros factores que contribuem para o desenvolvimento de um sistema semelhante àquilo que nós chamamos democracia. Recorde-se que as sucessivas guerras que assolaram a região e o período negro da hegemoniatalibã afastaram os mais capazes, os intelectuais, os com maior nível de formação, deixando para trás uma das taxas de analfabetismo do mundo, deixando para trás os mais pobres - aqueles que procuram sobreviver em mais um dia que passa. O país viu-se assim desprovido de elementos essenciais para o desenvolvimento económico e social e com a agravante de ter regressado, com a presença e domínio dostalibãs, à Idade Média.
Paralelamente, o Afeganistão continua a ser uma amálgama de tribos e clãs que dominam várias regiões do país. A isto acresce o radicalismo islâmico que atinge o seu expoente máximo com ostalibãs que procuram fazer do Afeganistão um exemplo da vida islâmica inspirada no wahabbismo. Nestas circunstâncias e conhecendo a história deste país que conheceu todo o tipo de invasões, torna-se difícil ver uma solução viável quer para a saída da guerra, quer para o regresso à estabilidade. Sabe-se, porém, que com a predominância talibã no país, designadamente na fronteira com o Paquistão, essa tarefa torna-se praticamente impossível.
As alegadas fraudes são sintomáticas de inviabilidade deste país encontrar mínimos de estabilidade nos próximos anos. Será negativo para a imagem do vencedor Hamid Karzai se se provar que existiram fraudes no processo eleitoral e que essas fraudes beneficiaram o Presidente do Afeganistão que é próximo dos Estados Unidos e do Ocidente.
Existem outros factores que contribuem para o desenvolvimento de um sistema semelhante àquilo que nós chamamos democracia. Recorde-se que as sucessivas guerras que assolaram a região e o período negro da hegemoniatalibã afastaram os mais capazes, os intelectuais, os com maior nível de formação, deixando para trás uma das taxas de analfabetismo do mundo, deixando para trás os mais pobres - aqueles que procuram sobreviver em mais um dia que passa. O país viu-se assim desprovido de elementos essenciais para o desenvolvimento económico e social e com a agravante de ter regressado, com a presença e domínio dostalibãs, à Idade Média.
Paralelamente, o Afeganistão continua a ser uma amálgama de tribos e clãs que dominam várias regiões do país. A isto acresce o radicalismo islâmico que atinge o seu expoente máximo com ostalibãs que procuram fazer do Afeganistão um exemplo da vida islâmica inspirada no wahabbismo. Nestas circunstâncias e conhecendo a história deste país que conheceu todo o tipo de invasões, torna-se difícil ver uma solução viável quer para a saída da guerra, quer para o regresso à estabilidade. Sabe-se, porém, que com a predominância talibã no país, designadamente na fronteira com o Paquistão, essa tarefa torna-se praticamente impossível.
As alegadas fraudes são sintomáticas de inviabilidade deste país encontrar mínimos de estabilidade nos próximos anos. Será negativo para a imagem do vencedor Hamid Karzai se se provar que existiram fraudes no processo eleitoral e que essas fraudes beneficiaram o Presidente do Afeganistão que é próximo dos Estados Unidos e do Ocidente.
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